A acumulação já foi considerada um tipo de transtorno obsessivo compulsivo, mas estudos têm mostrado que apenas 20% das pessoas que costumam acumular objetos têm o distúrbio. Cerca de 50% dos chamados acumuladores, entretanto, sofrem de depressão profunda.
No estudo publicado no periódico “Archives of General Psychiatry”, escâneres do cérebro de pacientes acumuladores foram comparados com os de pacientes de transtorno obsessivo compulsivo e de pessoas saudáveis. Quando pediram a eles para jogar fora o lixo eletrônico e jornais, os acumuladores registraram uma atividade anormal na área do cérebro responsável pelo processo decisório, enquanto que em outros grupos a atividade cerebral permaneceu normal.
Embora o distúrbio seja frequentemente diagnosticado em idosos, muitos pacientes apresentam sinais já na adolescência. Homens e mulheres sofrem na mesma medida. Alguns pacientes têm grande dificuldade com aquisição enquanto outros não conseguem descartar nem um saco plástico, aponta Randy O. Frost, psicólogo da Smith College e coautor de “Stuff: Compulsive Hoarding and the Meaning of Things” (Acumulação Compulsiva e o Significado das Coisas, em tradução livre).
“Existe segurança, conforto e valor em suas posses. Muitos deles entendem ter um problema, mas não conseguem descobrir como resolvê-lo. Eles têm dificuldade em organizar e processar informações”, disse Frost ao “New York Times”.