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Afinal, o que é distimia?

A Distimia ou Transtorno Depressivo Persistente é um tipo de depressão crônica, de moderada intensidade.

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Os sintomas desta doença são caracterizados pelo mau humor constante e os portadores do transtorno são pessoas de difícil relacionamento, com baixa autoestima e elevado senso de autocrítica. Estão sempre irritados, reclamando de tudo e só enxergam o lado negativo das coisas. Na maior parte das vezes, tudo fica por conta de sua personalidade e temperamento complicado.

 

Causa

A causa exata da distimia é desconhecida. Normalmente, ela é hereditária. A distimia ocorre com mais frequência em mulheres do que em homens e afeta cerca de 5% da população.

A distimia se desenvolve comumente na infância, adolescência ou início da idade adulta, por isso facilmente confundindo-se com o jeito de ser da pessoa. Em crianças, muitas vezes expressa-se por irritabilidade e mau humor. Em adolescentes pode associar-se principalmente à rebeldia e irritabilidade, mas isolamento e abuso de drogas podem ocorrer.

Para Dra. Fabiana Nery,psiquiatra do Espaço Holos, o mau humor, o desânimo e a falta de iniciativa são os principais sintomas desta doença. “O paciente fica ranzinza, incomodado com tudo, reclama das coisas, começa a se afastar dos vínculos sociais, da família, e na maioria das vezes prefere ficar em casa. Esse comportamento em geral ocasiona um significativo comprometimento funcional do indivíduo”, diz.

Qual a importância de se tratar a distimia?

É comum que as pessoas com distimia não procurem tratamento para esse problema. Porém, esta é uma doença frequentemente associada a outras, como depressão, transtornos de ansiedade, abuso de álcool e drogas e múltiplas queixas físicas (dores, por exemplo) de origem psicológica. Portanto, são pessoas que terminam por recorrer a vários tratamentos médicos, muitas vezes usando várias medicações, mas não tratando especificamente a distimia.

Apesar de geralmente não impedir o indivíduo de realizar suas tarefas e obrigações, a distimia o impede de desfrutar a vida de forma plena. Além disso, a distimia estende-se por um período muito maior do que os episódios clássicos de depressão. Frequentemente, percebe-se que pessoas distímicas são desanimadas e pessimistas.

Ainda segundo a psiquiatra Fabiana Nery, “A distimia é um transtorno mais crônico e de sintomas mais leves, mas por ser um transtorno mais leve, não quer dizer que não cause prejuízos. As pessoas que sofrem desta doença vão ter que lidar com a diminuição da capacidade laborativa, dificuldade de relacionamento na família e no trabalho, o que acarretará no isolamento e menor capacidade de interação com as outras pessoas”.

Como se trata?

A distimia em geral requer tratamento medicamentoso e psicoterápico. A medicação utilizada geralmente envolve antidepressivos, e nos casos em que há comorbidade com outras patologias, o tratamento destas também se faz necessário.

Confira a entrevista concedida pela Dra. Fabiana Nery, psiquiatra do Espaço Holos, ao Jornal da Manhã  e conheça mais sobre os sintomas da distimia e as formas de tratamento.