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Alzheimer: Como lidar com a doença | Palestra Michelle Campos

Michelle Campos, terapeuta ocupacional e coordenadora do Núcleo da Terceira Idade da Holiste, ministrou a palestra “Mal de Alzheimer: Entendimento e manejo” para a equipe de colaboradores da Residência Terapêutica da Holiste.

A palestra fez parte da 1ª edição do “Café com conhecimento”, evento idealizado pelas coordenadoras da Residência TerapêuticaCaroline Severo e Isabel Castelo Branco, para debater com a equipe assuntos relacionados a saúde mental e as melhores práticas de manejo com o paciente psiquiátrico. A proposta consiste em abordar com a equipe os diagnósticos apresentados pelos pacientes da Residência Terapêutica e construir estratégias conjuntas para estimular a capacidade produtiva e criativa tanto dos pacientes quanto da equipe na condução terapêutica.

 

Conhecendo a doença

No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas têm a doença de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).

O Alzheimer é uma doença neurológica degenerativa, progressiva e irreversível, caracterizada por perdas graduais da função cognitiva (atenção; concentração; raciocínio; memória), distúrbios do comportamento (agressividade; irritabilidade) e afeto. Reduz a capacidade de trabalho e relação social, interferindo no comportamento e na personalidade do indivíduo. Esta doença é a causa mais comum de demência, sendo responsável por mais de 60% dos casos, segundo especialistas.

Para Michelle Campos, “o prognóstico da doença de Alzheimer é difícil, progressivamente vai incapacitando o indivíduo, e interferindo na realização de tarefas básicas, como se vestir, tomar banho, alimentar-se, dentre outras tarefas. Apesar de não haver cura, o diagnóstico precoce pode trazer benefícios e vantagens em relação a qualidade de vida do paciente”.  

 

Sintomas

A terapeuta ocupacional explica que ocorrem diversas alterações na cognição, no comportamento e no humor do paciente. Um dos sintomas mais típicos do mal de Alzheimer é a perda da memória. “Geralmente a memória antiga é preservada por mais tempo, porém os fatos que acontecem recentemente são esquecidos facilmente. O paciente consegue lembrar de uma situação que ocorreu a 15 anos atrás, mas não consegue lembrar do que tomou no café da manhã”.

Outros sintomas característicos da doença são alterações da capacidade intelectual, incluindo dificuldades com raciocínio lógico, linguagem, escrita, organização do pensamento, interpretações dos estímulos visuais, planejar e realizar tarefas complexas. Alterações de comportamento, como perda da inibição, agitação e alucinações.

 

Manejo com o paciente

Segundo Michelle Campos, o tratamento indicado para estes pacientes é no intuito de retardar o avanço da doença. “O objetivo da terapêutica é retardar a evolução e preservar por mais tempo possível as funções cognitivas, a autonomia e independência na realização das atividades de vida diária. Além de planejar uma rotina, promover integração social e realizar orientação familiar.  Os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é iniciado nas fases mais precoces”.

Leia também: Doença de Alzheimer –  Diagnóstico precoce pode melhorar qualidade de vida

 

Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença de Alzheimer

21 de setembro é considerado o Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença de Alzheimer, por isso ao longo de todo o mês diversos órgãos e instituições do Brasil realizam uma campanha, caraterizada por integrar ações que visam promover os cuidados com a saúde dos idosos e informar sobre a Doença de Alzheimer. Segundo dados do último relatório da Organização Mundial da Saúde, realizado em conjunto com a Alzheimer’s Disease International, estima-se que 35,5 milhões de pessoas no mundo tenham a doença, e em 2030 esse número pode chegar a 65,7 milhões.

 

SAÚDE MENTAL NA TERCEIRA IDADE

A “Saúde Mental na Terceira Idade” é o tema oitavo vídeo da série Desmistificando a Saúde Mental. Nossa equipe fala sobre as especificidades dos transtornos mentais em idosos, cuidados, tratamentos e possibilidades de uma vida mais plena.  Participam do vídeo os psiquiatras André Gordilho e Victor Pablo, a psicóloga Raissa Silveira e a terapeuta ocupacional e coordenadora do Núcleo da Terceira Idade, Michelle Campos.

ASSISTA AO VÍDEO: “SAÚDE MENTAL NA TERCEIRA IDADE”