Como base a polêmica da música Fábio Assunção, da banda Lá fúria, o Band Mulher aproveitou o tema e convidou a médica psiquiatra da Holiste, Dra. Paula Dione para uma entrevista e discutiu o tema da dependência Química.
O que é dependência química?
A dependência química é definida como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos, que se desenvolvem após o uso repetido de determinada substância. Pode estar relacionada a uma substância psicoativa específica (cigarro, álcool ou cocaína), a uma classe de substâncias (opioides) ou a um conjunto mais vasto de diferentes substâncias.
Questionada em como funciona a dependência química no ser humano, dra. Paula cita: Que o comprometimento social num individuo às vezes chega antes mesmo da dependência química propriamente dita.
“A Dependência tem critérios e diagnósticos estabelecidos, existe todo um componente pré-estabelecido para identificar quando um individuo se encontra realmente dependente a uma substancia química. “
A dependência Química e o Sistema Nervoso Central
A dependência química afeta o sistema nervoso central e a capacidade do indivíduo em ter alto controle, em dar respostas aos estímulos.
Quando essa capacidade é comprometida por conta do uso dessas substancias o sistema nervoso central é afetado gerando a dependência.
É claro isso tudo depende de fatores como: tempo de uso, da frequência, e etc. Tudo isso é levado em consideração na identificação destes pacientes.
Os estágios da dependência Química
Existem dois tipos de estagio, o inicial e o dependente químico. O inicial é a descoberta, a necessidade do experimentou, o “social”.
Já o dependente químico, este é considerado quando o indivíduo tem prejuízo pessoal ou social, ou seja, o individuo passa a se ausentar das coisas que gosta, faltar no trabalho, se afastar da família e torna-se diferente socialmente.
O que fazer após a identificação da dependência Química
Para Dra. Paula este é um momento precioso, visto que por trás destes sintomas existe um individuo que acha que não é dependente, que consegue parar a qualquer momento e não se percebe já tomado pelo vicio e todas as sensações associadas a ele que causam a dependência. A qualquer percepção destes sintomas já se cabe tratamento psiquiátrico e ajuda terapêutica.
O Álcool e a dependência Química
O álcool deprime justamente os freios do indivíduo, provocando a perda da inibição. A sensação inicial é de bem-estar e euforia, O indivíduo fica mais solto, mais falante, mais disponível. Desta forma, a sensação inicial é de felicidade e liberdade, porém à medida que as doses aumentam e o nível de álcool vai aumentando na corrente sanguínea e sintomas como a sonolência, diminuição dos reflexos, aparecem e dão início a depressão do sistema nervoso central comprometendo o controle do indivíduo.
“ O álcool engana mesmo, passa aquela impressão de sou forte, eu posso fazer tudo, mas na realidade ele só faz inibir um pouquinho seu freio, te deixando com a sensação de mais grandiosa e mais disponível, porém o álcool é uma substância química que leva facilmente o indivíduo a depressão e até mesmo ao coma alcoólico se a ingestão for muito alta”, finaliza Dra. Paula.