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Desemprego e a Autoestima | Jornal Correio

medo

Estar desempregado é, com certeza, uma fase difícil para qualquer pessoa.  Muitos sentem-se envergonhados e têm suas autoestimas abaladas, sem contar que as dificuldades de reinserção terminam por impactar a saúde emocional desses indivíduos, podendo causar uma série de transtornos.

Ueliton Pereira, psicólogo e diretor técnico da Holiste, falou sobre o tema ao jornal Correio.  Segundo o psicólogo, “É fundamental enfrentar a situação de frente, buscando analisar friamente os fatos. Ficar por meses ruminando o luto da demissão não mudará o fato de que ela já aconteceu e que, quanto mais tempo o indivíduo ficar parado, mais dificuldade ele terá para ser reinserido no mercado”, afirma o psicólogo.

 

PROCESSO DE APRENDIZADO

Ueliton explica que, embora essas situações impactem de modo muito negativo a autoestima do indivíduo, é preciso vencer a insegurança e o medo do novo. “Peça um feedback sobre as razões do desligamento, para ter uma noção do que precisa ser modificado e para evitar que a pessoa se perca em fantasias”, completa.

Desalentados são pessoas que estão fora do mercado formal de emprego por mais de dois anos. Costumam desistir de procurar trabalho no mercado, permanecendo inativos ou trabalhando por conta própria.  De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o contingente de desalentados, no segundo trimestre de 2018, chegou a 4,8 milhões de pessoas com 14 anos ou mais. Eram 4,6 milhões no trimestre anterior e 4 milhões no 2º trimestre de 2017.

O contingente atual de desalentados é o maior da série histórica da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que começou a ser realizada em 2012. O cenário é sombrio, mas existe saída; deixar se abalar com a situação só piora a situação do trabalhador.

Existem muitos cursos gratuitos, eventos e informações acessíveis.  É importante investir em sua atualização profissional.  A matéria do Correio traz, ainda, algumas dicas para quem encontra-se nessa situação:

  • Encare a situação: Respire fundo e encare os fatos. As demissões acontecem e surgirão outras oportunidades de trabalho;
  • Veja o que melhorar: Reflita sobre o que o levou à demissão. Vale pedir o feedback da empresa para ter noção do que deve ser modificado;
  • Descanse um pouco para seguir em frente: Não se deixe paralisar pelo choque da perda e crie metas para o futuro. Se permita descansar um pouco para se recuperar do trauma, mas não se deixe abater;
  • Faça uma Autoavaliação: Avalie seu desempenho profissional, buscando pontuar os aspectos positivos e negativos. Coloque num papel onde estão suas forças e fraquezas;
  • Se Empodere: trabalhe as limitações para mudar a situação. Participar de cursos pode ser uma boa oportunidade de resgatar a autoestima;
  • Fuja do Comodismo: Não se deixe vencer pelo comodismo. Seguro desemprego não dura para sempre e nada garante que haverá outra fonte de renda quando ele acabar;
  • Tenha Controle emocional: siga adiante e não se autoboicote! Procure se atualizar por meio de cursos, palestras e eventos. Use suas redes para comunicar sua disponibilidade! Você pode!

 

Leia a matéria completa:  Ficar de fora do mercado de trabalho causa desânimo e pode comprometer sua saúde mental.
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Matéria publicada no jornal Correio (03/12)