Notícias

Doença de Alzheimer: Diagnóstico precoce pode melhorar qualidade de vida

By Bruno Trindade

September 19, 2018

Já existem mais de 1,6 milhões de pessoas acometidas pelo Alzheimer no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz).

A previsão é de que o número de casos no mundo atinja 135,5 milhões até 2050, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O dia 21 de setembro é Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença de Alzheimer, por isso ao longo de todo o mês diversos órgãos e instituições do Brasil realizam uma campanha, para promover os cuidados com a saúde dos idosos e informar sobre a patologia.

Com o aumento da expectativa da população e, consequentemente, do número de idosos no País, é preciso cada vez mais que as famílias estejam informadas sobre a doença, para que seja feito o diagnóstico precoce, elemento que é essencial para proporcionar um aumento na qualidade de vida dos pacientes.

ASSISTA AO VÍDEO SAÚDE MENTAL NA TERCEIRA IDADE

ALZHEIMER: SINTOMAS E TRATAMENTOS

O Alzheimer é uma doença neurológica degenerativa, progressiva e irreversível, caracterizada por perdas graduais da função cognitiva (atenção; concentração; raciocínio; memória), e distúrbios do comportamento (agressividade; irritabilidade) e afeto. A doença é o tipo de demência mais comum e reduz a capacidade de trabalho e relação social, interferindo no comportamento e na personalidade do indivíduo.

A terapeuta ocupacional e coordenadora do Núcleo da Terceira Idade da Holiste, Michelle Campos, aponta que o prognóstico da doença de Alzheimer é difícil, pois a patologia progressivamente vai incapacitando o indivíduo, e interferindo na realização de tarefas básicas, como se vestir, tomar banho, alimentar-se, dentre outras.

Michelle explica que ocorrem diversas alterações na cognição, no comportamento e no humor do paciente. Um dos sintomas mais típicos do mal de Alzheimer é a perda da memória. “Geralmente a memória antiga é preservada por mais tempo, porém os fatos que acontecem recentemente são esquecidos facilmente”, pontua.

O psiquiatra da Holiste, André Gordilho, salienta que nem sempre, porém, é fácil chegar a este diagnóstico rapidamente e salienta o papel da família.

“Na grande maioria dos casos, o idoso só procura ajuda especializada quando uma outra pessoa percebe os sintomas e tem a iniciativa de agendar uma consulta, não raro à contragosto do paciente. Essa teimosia característica da terceira idade deve ser observada com atenção, pois, muitas vezes essa teimosia já é sintoma”, observa. O médico enfatiza que a melhor forma de abordar o idoso é com carinho, tentando apresentar a situação.

Segundo Michelle Campos, o tratamento indicado para estes pacientes é no intuito de retardar o avanço da doença. “O objetivo da terapêutica é retardar a evolução e preservar por mais tempo possível as funções cognitivas, a autonomia e independência na realização das atividades de vida diária. Além de planejar uma rotina, promover integração social e realizar orientação familiar”, explica.

Matéria publicada no Jornal Tribuna -19/09

SINAIS DE ALZHEIMER