Governo torna obrigatória a realização de exame toxicológico para habilitação de motoristas profissionais. O TVE Notícias convidou a Dra. Fabiana Nery para analisar a medida.
O CONTRAM anunciou que, a partir do dia 2 de Março deste ano, todos os motoristas das categorias C, D e E deverão realizar um exame toxicológico no momento da primeira habilitação, renovação ou mudança de categoria. A medida tem como objetivo a redução dos acidentes e mortes nas rodovias do país, boa parte deles relacionados ao consumo de álcool e outras drogas. Exames feitos em caminhoneiros que transportam alimentos perecíveis detectaram que metade são usuários de drogas. Destes, 80% são dependentes químicos.
Em entrevista ao TVE Notícias, Dra. Fabiana Nery analisou os aspectos envolvidos entre o consumo de substâncias psicoativas e o risco de acidentes. Segundo a psiquiatra da Holiste: “Além dessa questão relacionada à dificuldade de concentração, de atenção e velocidade de resposta a algum tipo de intercorrência que houver em uma estrada, em uma viajem, existem algumas drogas, principalmente a cocaína e o crack que já são utilizados por estes motoristas para ajuda-los a cumprir seus horários, que podem ser alucinógenas. Então pode-se chegar até ao caso de você ter, por exemplo, alguma alucinação, enxergar algum tipo de obstáculo e objeto na pista que não é existente, que é uma alucinação: você pode tentar desviar e causar um acidente”.
Apesar da importância do procedimento, boa parte dos motoristas não enxerga a medida com bons olhos. Muitos concordam que o exame seleciona os profissionais mais responsáveis e ajuda a evitar acidentes. Contudo, a categoria reclama do valor do exame, que varia de R$300 a R$350, além do número restrito de clínicas credenciadas para realização do mesmo. Diversos DETRANs do país estudam a possibilidade de postergar a medida até que estes problemas sejam resolvidos.
Confira entrevista completa: