A EMT Profunda (Estimulação Magnética Transcraniana) alcança regiões mais internas do cérebro, tornando-se uma poderosa ferramenta no tratamento das doenças mentais. A técnica foi aprovada nos Estados Unidos em 2013, e no Brasil em 2014.
A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) é uma das terapias de neuroestimulação mais importantes da psiquiatria. Indicada para o tratamento de diversas doenças que atingem o sistema nervoso, seu uso clínico é recente, mas bastante eficiente. A técnica dispensa anestesia e funciona através da emissão de pulsos magnéticos capazes de gerar mudanças controladas nos neurônios de regiões cerebrais específicas, ativando-os ou inibindo-os, de acordo com o objetivo terapêutico.
Com resultados positivos já comprovados pela técnica anterior, a Estimulação Magnética Repetitiva (EMTr), a nova tecnologia pretende ser ainda mais precisa e eficaz. Pioneira na realização do tratamento em Salvador, a Holiste é uma das primeiras instituições do país a oferecer as duas modalidades. “Nosso aparelho de EMT Profunda é um dos poucos em uso no país, e posso afirmar que os resultados são muito positivos. É um tratamento que veio para ficar, não resta dúvida”, comemora o psiquiatra da Holiste, Dr. André Gordilho, coordenador do serviço.
Não invasivo, o procedimento é feito de forma rápida, tranquila e segura, dentro do consultório, dispensando hospitalização. A diferença entre as duas terapias é que a Repetitiva estimula estruturas corticais – até 2 centímetros de profundidade -, enquanto a Profunda atinge áreas subcorticais, com até 8 centímetros abaixo da calota craniana.
EMT NO BRASIL
No Brasil, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o aparelho para tratamento de seis distúrbios cerebrais: depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtorno de estresse pós-traumático, doença de Parkinson e dor crônica.
“Além de mais profundo, ele também amplia a área de atuação, o que permite sessões em menor tempo e resultados mais rápidos do que os promovidos pela EMT Repetitiva”, explica Dr. Gordilho. Os efeitos positivos podem ser vistos antes mesmo de acabar o tratamento, o que leva, em média, quatro semanas, com sessões diárias de 20 minutos cada, sem qualquer efeito colateral significativo, garante o médico.
Sua aplicação é bem simples, segura e indolor para o paciente, que fica confortavelmente sentado em uma cadeira enquanto a bobina em forma de capacete é colocada em sua cabeça. Recursos de alta tecnologia permitem que, rapidamente, os campos magnéticos atinjam diretamente as regiões mais profundas que precisam ser estimuladas, o que aumenta a eficiência do tratamento.
A terapia é indicada tanto para casos graves como moderados e, principalmente, para pacientes que não respondem bem às medicações – que podem causar, dentre outros efeitos colaterais, náusea, insônia, ansiedade, aumento de peso e disfunção sexual. Estudos apontam que a EMTp também se mostra eficaz no tratamento de outros transtornos, como Alzheimer, autismo, mal de Parkinson, tabagismo, derrame, esclerose múltipla, dependência de cocaína e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).