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Esquizofrenia: Entendendo a doença | Palestra de Dra. Livia Castelo Branco

Palestra de Dra. Livia Castelo Branco sobre Esquizofrenia

Dra. Livia Castelo Branco, psiquiatra da Holiste, ministrou a palestra “Esquizofrenia: Entendimento e manejo” para a equipe de colaboradores da Residência Terapêutica da Holiste.

A palestra fez parte do “Café com conhecimento”, projeto idealizado pelas coordenadoras da Residência Terapêutica, Caroline Severo e Isabel Castelo Branco, para debater com a equipe assuntos relacionados a saúde mental e as melhores práticas de manejo com o paciente psiquiátrico. A proposta consiste em abordar com a equipe os diagnósticos apresentados pelos pacientes da Residência Terapêutica e construir estratégias conjuntas para estimular a capacidade produtiva e criativa tanto dos pacientes quanto da equipe na condução terapêutica.

Conhecendo a doença

A esquizofrenia é uma doença mental crônica que se manifesta na adolescência ou início da idade adulta, caracterizada pela presença de alucinações, pensamentos perturbantes e desorganização comportamental que acabam por isolar o indivíduo do convívio social. A causa exata da doença não é conhecida. Dra. Livia explica que, “a esquizofrenia é uma doença multifatorial e está ligada a uma combinação de fatores genéticos e ambientais”.

Sintomas

A esquizofrenia apresenta várias manifestações, afetando diversas áreas do funcionamento psíquico. Os principais sintomas são: delírios; alucinações; alterações do pensamento, onde as ideias podem se tornar confusas, desorganizadas ou desconexas, tornando o discurso do paciente difícil de compreender; alterações da afetividade, muitos pacientes tem uma perda da capacidade de reagir emocionalmente às circunstancias, ficando indiferente e sem expressão afetiva; e diminuição da motivação.

Tratamento

Em geral, a finalidade do tratamento para o paciente esquizofrênico é o de reduzir a gravidade dos sintomas psicóticos, evitar a recorrência dos episódios sintomáticos e a deterioração das funções a eles associada, além de fornecer suporte, possibilitando o indivíduo atuar com melhor qualidade de vida. Segundo a psiquiatra, o tratamento é realizado associando medicação e psicoterapias. “O tratamento medicamentoso é feito com remédios chamados antipsicóticos. Eles são utilizados na fase aguda da doença para aliviar os sintomas psicóticos, e também nos períodos entre as crises, para prevenir novas recaídas”. 

Manejo com o paciente

É importante que familiares e cuidadores estejam orientados quanto à doença esquizofrênica para que possam compreender os sintomas e as atitudes do paciente. De acordo com Dra. Livia, o papel dos cuidadores consiste em monitorar e dar suporte ao paciente para que ele alcance a estabilização dos sintomas, promovendo uma melhora na qualidade de sua vida funcional.

A psiquiatra alertou ainda para como proceder com um paciente em situação de crise: “É preciso manter a calma, falar em voz baixa e firme, proporcionar um ambiente com poucos estímulos, mostrar compreensão e não debater ideais estranhas. Procure ajuda e comunique a equipe o mais rápido possível”.

Além disso, ela exalta que dialogar com o paciente e manter uma linguagem comum é imprescindível para um bom relacionamento. “Alguns pontos são fundamentais para lidar com o paciente esquizofrênico, como por exemplo, estabelecer limites e regras de conduta, evitar explicações longas e complexas, evitar críticas ou acusações, além de reconhecer as particularidades de cada paciente”.

“O tratamento da esquizofrenia inspira uma relação de cumplicidade entre o paciente, a equipe e a família, no propósito comum de combater a doença, ajudar o doente a superar as dificuldades e aspirar a melhor qualidade de vida possível”, conclui.