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O Estresse no ambiente de trabalho

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O Brasil é o segundo país mais estressado do mundo segundo pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Associação Internacional do Controle do Estresse). E, de cada 10 pessoas ativas, três pelos menos são acometidas pela chamada síndrome de Burnout – esgotamento mental intenso causado por pressões no ambiente profissional.

Trazendo esse dado como gancho, o programa Show da Tarde da rádio Sociedade entrevistou Ueliton Pereira, psicólogo e diretor técnico da Holiste.

“O estresse é uma forma física e mental que se manifesta quando o corpo reage perante a determinadas situações. Irritabilidade, falta de sono, falta de apetite são alguns sinais que denunciam que algo não está indo bem”.

Fatores relevantes

O psicólogo explica que tanto o estresse quanto a irritabilidade são sentimentos normais, principalmente quando estão relacionados ao ambiente de trabalho. Demandas urgentes, chefe exigente, divergências com colegas de trabalho são fatores que contribuem para isso. Mas a diferença daquele estresse considerado normal e a síndrome de burnout é justamente a frequência e intensidade.

Outros sintomas como agressividade, isolamento, mudança de humor repentina, lapsos de memória, dor de cabeça e tensão muscular também são característicos desta síndrome.

Pessoas que sofrem de estresse podem apresentar doenças como síndrome do pânico, depressão, hipertensão, fadiga, distúrbios do sono, gastrite, doenças do coração, entre outras.

Priorizar demandas, lazer e prática de exercícios

Para Ueliton existem algumas práticas que podem ajudar os indivíduos a não chegarem nos casos extremos de estresse e consequentemente não desenvolver outras doenças. “Organizar as tarefas do dia é importantíssimo. As pessoas devem priorizar as demandas, utilizar ferramentas de checklists para favorecer a organização da rotina e principalmente, ter consciência dos seus próprios limites e colocar esse limite no trabalho. Outra atitude importante é evitar a procrastinação, ou seja, ficar adiando as tarefas e quando se der conta, as atividades já estão todas acumuladas”.

Encaixar na rotina momentos de lazer e praticar exercícios também são formas de aliviar o estresse. “O lazer é uma atividade extremante necessária. As pessoas devem dedicar um tempo a fazer atividades que gostam, seja uma praia, teatro, passeio no parque, cinema ou happy hour com os amigos. Além de atividades que estimulem o corpo como academia, caminhada, dança, lutas, ioga e esportes.

O psicólogo ressalta ainda que, quando o estresse está em um nível em que o indivíduo não consegue mais exercer sua capacidade funcional tanto no trabalho quanto fora deste ambiente, é indicado procurar ajuda profissional e aderir a um tratamento que além da atividade física, pode incluir sessões de psicoterapia e em alguns casos, o uso de medicação.