Muitas vezes já ouviu-se falar que a música faz bem para a alma e para o coração, mas os benefícios da música para o indivíduo vão muito além.
Nadja Pinho, musicoterapeuta da Holiste, falou sobre a musicoterapia e suas funcionalidades em entrevista ao programa Viva Bem da rádio Sociedade. A terapeuta ressaltou a importância do uso desta ferramenta com caráter terapêutico. “A musicoterapia é um meio de comunicação que trabalha a junção do som, do ritmo e da harmonia. A música altera e influencia questões físicas e biológicas do indivíduo, na busca do entendimento do seu corpo físico, trabalhando sua parte emocional e social”.
Para a Federação Mundial de Musicoterapia, a musicoterapia pode ser definida com a utilização da música e/ou de seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia), por um terapeuta qualificado, com objetivo de facilitar e promover comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização entre outros objetivos terapêuticos relevantes, buscando atender às necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas.
Nadja fala ainda sobre a diferença do trabalho do músico para o do musicoterapeuta, já que muitas pessoas desconhecem e/ou confundem o trabalho destes profissionais. “Precisamos deixar claro que são duas atuações distintas, apesar de terem em comum a utilização da música. O musicoterapeuta utiliza os elementos da música como um meio de comunicação verbal e não-verbal, ao passo que o trabalho do músico é mais voltado para execução e atuação, ou seja, a busca de uma estética perfeita, uma música clara e limpa”.
Como a musicoterapia funciona
A música age diretamente na região do cérebro que é responsável pelas emoções, gerando motivação e afetividade, além de aumentar a produção de endorfina, uma substância naturalmente produzida pelo corpo, que gera sensação de prazer. Isso acontece porque o cérebro responde de forma natural quando ouve uma canção, e mais do que lembranças, a música quando usada como forma de tratamento pode garantir uma vida mais saudável.
Questionada sobre em quais casos a musicoterapia pode ser aplicada, Nadja Pinho, enfatiza: “Temos uma aplicabilidade ampla, desde o trabalho com pacientes com transtornos psiquiátricos, que é a minha especialidade, até o desenvolvimento com crianças especiais. Em cada caso, o profissional realizará uma abordagem diferente, identificando as dificuldades e necessidades de cada indivíduo”.
As principais indicações são:
Área de Saúde: Doença Mental (Psiquiatria Geral), Deficiência Mental, Geriatria, Síndromes Genéticas, Paralisia Cerebral, Deficiência Sensorial – cegueira, surdez -, Autismo, Distúrbios Neurológicos.
Prevenção e Processo Neonatal: Gestantes, bebês, crianças, adolescentes, adultos.
Escolas e Educação: Distúrbios e Déficit de Atenção e Hiperatividade, Desenvolvimento psicopedagógico.