Pesquisa britânica especula que redução nos níveis de progesterona na lactação pode proteger o cérebro
RIO- Um novo estudo sugere que as mães que amamentam correm um risco menor de desenvolver a doença de Alzheimer. E quanto maior o período de amamentação, menor o risco.
O relatório, recentemente publicado no “Journal of Alzheimer’s Disease”, sugere que a ligação pode ter a ver com certos efeitos biológicos da amamentação. Por exemplo, a amamentação restaura de tolerância à insulina, que é significativamente reduzida durante a gravidez, e doença de Alzheimer é caracterizada pela resistência à insulina no cérebro.
Embora os pesquisadores tenham usado dados recolhidos a partir de um grupo muito pequeno de apenas 81 mulheres britânicas, os pesquisadores observaram uma correlação altamente significativa e consistente entre o aleitamento materno e o risco de Alzheimer. Eles argumentam que a correlação era tão forte que qualquer erro de amostragem potencial era improvável.
Ao mesmo tempo, contudo, a ligação se demonstrou menos pronunciada em mulheres que já tinham uma história de demência na família. A equipe de pesquisadores esperam que o estudo vai estimular ainda mais a pesquisa olhando para a relação entre a história reprodutiva feminina e risco da doença.
Estudos anteriores já provaram que a amamentação pode reduzir o risco de outras doenças da mãe. Até agora, porém, pouco tem sido feito para examinar o impacto da amamentação sobre o risco de Alzheimer.
Através destas entrevistas, os pesquisadores coletaram informações sobre a história reprodutiva das mulheres, o histórico de amamentação e seu estado de demência. Eles também reuniram informações sobre outros fatores que podem explicar a sua demência, por exemplo, um acidente vascular cerebral no passado ou tumor cerebral.
O estudo argumenta que pode haver um certo número de razões biológicas para a ligação entre a doença de Alzheimer e da amamentação, todos os quais requerem uma investigação mais aprofundada. Uma teoria é que a amamentação priva o corpo da hormônio progesterona, compensando os elevados níveis de progesterona que são produzidos durante a gravidez. A progesterona é conhecido para dessensibilizar os receptores de estrogênio do cérebro, e o estrogênio pode desempenhar um papel na proteção do cérebro contra a doença de Alzheimer.
FONTE – O Globo