Mais emotivo do que textos em prosa, poemas atuam em parte do cérebro ligada aos sentimentos, assim como a música.
INGLATERRA – Um novo estudo da Universidade de Exeter, em Devon, Reino Unido, descobriu que a poesia atua em uma parte do cérebro responsável pela memória e pelos sentimentos. A pesquisa, publicada na revista “Journal of Consciousness Studies“, é um tentativa de conciliar ciência e arte, afirmam os cientistas.
As palavras lidas são processadas no cérebro por uma “rede de leitura”, independente do estilo literário. Os poemas, no entanto, também afetam uma outra parte do cérebro que geralmente responde à música. De acordo com o estudo, a diferença está na emoção gerada no leitor.
Enquanto liam suas passagens favoritas de poesia e de prosa, os voluntários da pesquisa tiveram sua atividade cerebral monitorada por ressonância magnética. Por ser mais comovente, os poemas atingiam uma área do córtex posterior e do lobo temporal onde os pensamentos introspectivos são processados.
A pesquisa é a primeiro a medir diretamente a resposta do estímulo gerado pela poesia e pela prosa no cérebro.
– Algumas pessoas dizem que é impossível conciliar ciência e arte, mas as novas imagens do cérebro possibilitadas pela tecnologia nos dão um crescente corpo de evidências sobre como o cérebro responde à experiência da arte – disse Adam Zeman, que liderou a pesquisa. – Este foi um estudo preliminar, mas é tudo parte do mesmo trabalho que está nos ajudando a fazer análises psicológicas, biológicas e anatômicas dos sentidos da arte.
FONTE – O Globo