Pesquisa constatou que níveis elevador de cortisol (hormônio do estresse) representa decisões financeiras mais conservadoras
CAMBRIDGE (INGLATERRA) – Níveis cronicamente elevados de cortisol – o hormônio do estresse – podem promover uma aversão ao risco. Essa é uma descoberta que pode explicar o pessimismo irracional observado entre comerciantes e homens de negócios durante crises financeiras, diz um e estudo realizado pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
O líder do trabalho, o pesquisador John Coates, observou junto com seus colegas que os níveis de cortisol aumentam substancialmente nesses profissionais quando a volatilidade do mercado cresce.
Para avaliar os efeitos relacionados ao hormônio na tomada de decisões de risco, os autores aumentaram os níveis de cortisol em 36 voluntários em até 68%, e mantiveram esses níveis elevados por oito dias – simulando o volume observados em comerciantes.
Os voluntários participaram, então, de um tipo de negócios como loteria, em que deveriam tomar decisões de risco, com pagamentos em dinheiro de verdade.
Os autores relatam que, enquanto a elevação a curto prazo de cortisol não afetou o comportamento de risco, níveis cronicamente elevados de cortisol levaram a uma forte aversão ao risco, com os voluntários optando por apostas seguras.
Sexo
Além disso, os autores descobriram que homens e mulheres encaram as probabilidades de loteria de forma diferente, com os homens dando maior importância para as pequenas probabilidades do que as mulheres.
Os resultados também sugerem que fatores fisiológicos de comportamento de risco pode ser uma fonte de instabilidade ao mercado, até então ignorado pelos economistas, gestores de risco, e presidentes de bancos centrais, de acordo com os autores.