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Os perigos do uso indiscriminado de psicotrópicos

Dra. Livia fala sobre os perigos do uso indiscriminado de psicotrópicos

O uso de psicotrópicos sem orientação médica pode trazer sérios danos à saúde do indivíduo.   A psiquiatra Livia Castelo Branco falou sobre os perigos associados ao uso indiscriminado de medicamentos como a Ritalina ou Rivotril.

 “Quem tem maior vulnerabilidade a ter transtornos psicóticos ou quadros demenciais pode ter esses problemas desencadeados.  Além disso, alguns psicotrópicos podem provocar taquicardia, insônia e agitação psicomotora. Em casos quadros mais graves, podemos ter crises convulsivas e até a morte súbita”, afirma a Dra. Livia.

 

FÁCIL ACESSO A MEDICAMENTOS TARJA-PRETA

Psicotrópicos são medicamentos que agem principalmente no sistema nervoso central, onde altera a função cerebral e temporariamente mudam a percepção, o humor, o comportamento e a consciência.  São medicamentos de alto controle, tarja-preta, e sua comercialização deve seguir normas rígidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como a obrigatoriedade da prescrição médica e a retenção da receita por parte da farmácia.

A reportagem do site Aratu On Line, chamou atenção pela facilidade em que é possível encontrar medicamentos controlados, como a Ritalina, na internet.  Leia a matéria completa TARJA-PRETA: Estudantes encontram facilidade para comprar medicamentos de alto controle pela Internet

 

RISCOS A SAÚDE

Tanto o uso de estimulantes, como a Ritalina – “a droga do concurseiro” –  ou de sedativos, como Rivotril ou Diazepam, podem trazer inúmeros riscos à saúde.

 “Quem usa Rivotril todos os dias, há anos, tem mais chance de ter demência, principalmente o Alzheimer. Já a curto prazo, pode causar o atraso dos reflexos, o que pode gerar quedas e até um acidente de trânsito.  Existe ainda, o risco de parada respiratória em casos de associação com álcool ou outras doenças como a apneia do sono.

Por isso, a indicação de remédios ansiolíticos e/ou estimulantes deve ser muito bem estudada, com uma avaliação psiquiátrica completa e exames complementares em alguns casos – como eletrocardiograma e eletroencefalograma – que possam excluir doenças associadas. O acompanhamento psiquiátrico deve ser contínuo, até porque algumas drogas podem causar dependência e tolerância, quando são necessárias doses cada vez maiores para fazer efeito”, conclui a psiquiatra.