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Lapidando a mente | Entrevista Revista Alpha

Se por dentro de um corpo sarado habita uma mente doente, buscar tratamento psiquiátrico é fundamental para restaurar a saúde mental.

Quem nunca se sentiu triste, melancólico ou angustiado? Por mais doloroso que seja, a realidade é que, em maior ou menor intensidade, tais sentimentos se farão presentes em algum momento da vida, e, é muito mais comum do que se imagina, que essas emoções se tornem patológicas.

A Associação Brasileira de Psiquiatria afirma que o número de brasileiros com transtornos mentais pode chegar a 70%, se considerar as pessoas que sofrem pelo menos de alguns sintomas, independente da gravidade. “O fato é que somos essencialmente angustiados. Uns têm menos capacidade de tolerar a angústia; outros têm angústias intoleráveis, francamente patológicas, incapazes de serem vividas e suportadas e que precisam da ajuda medicamentosa”, afirma Dr. Luiz Fernando Pedroso, psiquiatra e diretor clínico da Holiste, clínica especializada em psiquiatria e saúde mental.

Dr. Luiz, ainda, explica que os transtornos mentais se camuflam e muitas vezes se parecem com doenças de ordem clínica ou problemas morais. “Uma pessoa com transtorno de pânico, por exemplo, pode mimetizar doenças cardíacas, sentir tendo um infarto, arritmia, assim, ele passa por todas as especialidades médicas, faz todo tipo de exame até, no final, procurar um profissional de saúde mental”, descreve e continua: “muitos problemas sociais são em essência mentais: a grande maioria da mendicância, dependências químicas, violência, principalmente, a doméstica, isso aparece na página policial como crime, quando o que está motivando aquilo é um transtorno mental.”

 

Linha tênue

“De perto, ninguém é normal”. A célebre frase, da música Vaca Profana de Caetano Veloso, elucida a tênue linha que separa a sanidade e a loucura. Dr. Luiz Pedroso explica que, durante a vida, transitamos de um lado para outro desse fio e que não há porque ter preconceito ou medo das doenças mentais. “Não existem pessoas saudáveis e malucos. Não é uma questão de nós e eles. Doentes mentais, somos todos nós que de alguma maneira, em algum lugar, temos as nossas esquisitices, loucuras. A grande questão é reconhecer, aceitar e lidar com essas peculiaridades, porque a pior coisa é você não ver, não enxergar, e, consequentemente, não buscar tratamento”.

De acordo com Pedroso, é impossível evitar a doença, porque ela está ligada, principalmente, a própria natureza humana, fatores genéticos e história de vida. No entanto, é possível impedir as consequências funestas da doença. “Você pode evitar que um distúrbio paranoico resulte em um espancamento, uma depressão em suicídio ou que uma doença mental prejudique a carreira, desfaça casamentos e famílias e dilapide patrimônio. ” Ele aconselha procurar uma avaliação profissional, assim que sentir algum sintoma. “Na dúvida, o melhor é ir ver, porque pode não ser nada, mas podem ser coisas que vão crescer, evoluir e prejudicar e que, hoje em dia, possuem tratamento e recursos para ajudar.” Em casos mais avançados, o Dr. indica que a família também busque a ajuda de um médico para traçar estratégias de como abordar o paciente.

 

Cuidar de pessoas é uma vocação

Há mais de 15 anos, a Holiste desenvolve tratamentos singulares dedicados à promoção da saúde mental. A abordagem multidisciplinar é um dos diferenciais. Seja na internação, no hospital dia, no ambulatório ou nos atendimentos domiciliares ou na clínica, o trabalho é executado por um corpo técnico altamente qualificado, formado por especialistas de diversos segmentos da saúde mental.

No segundo semestre, a Holiste inaugura sua nova sede. O novo espaço está sendo construído numa área de seis mil metros quadrados, investimento de 24 milhões e disponibilizará 60 leitos para os casos de internação, ampliando em 20% a capacidade atual de atendimento. As instalações trazem um alto padrão de hotelaria, oferecendo ainda espaços e serviços de lazer e relaxamento, como sala de jogos, TV a cabo, academia, piscina, sala de massagem e salão de beleza. “Temos um serviço bastante diversificado. Fazemos desde a psicanálise à estimulação eletromagnética, eletrochoque e acompanhamento terapêutico.A nova sede possibilitará mais espaço e conforto ao paciente. Além disso, temos uma visão própria da internação, que chamamos de ambientoterapia, que é um espaço de vivência com referenciais psicanalíticos, finaliza Dr. Luiz Fernando Pedroso.

 

Entrevista publicada na Revista Alpha Fitness, abril/2016