Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Tv Bahia, o psiquiatra André Gordilho explicou o que é a síndrome das pernas inquietas e como ela influencia na qualidade de vida do indivíduo.
A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é uma desordem neurológica caracterizada por alterações da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros inferiores que, em casos mais graves, pode acometer os membros superiores.
O indivíduo sente uma necessidade incontrolável de se mexer, tem alterações no sono, às vezes passando a ficar mais cansado e indisposto, o que pode culminar em um quadro de irritação. De acordo com Gordilho, alguns fatores podem desencadear a síndrome.
“Fatores hereditários, doenças como diabetes, uso excessivo de cafeína, de medicações psiquiátricas (como antidepressivos e antipsicóticos) são propulsores no desencadeamento da síndrome, uma vez que gera cansaço, dor e fadiga”, aponta o psiquiatra.
Assista à entrevista:
Causas da SPI
A síndrome tem influência genética, mas ainda não possui uma causa definitiva. Pesquisas apontam que quase 25% dos pacientes podem ter os sintomas agravados por utilização de medicamentos ou uso excessivo da cafeína.
A pessoa sente uma sensação de desconforto nas pernas, como pontadas, geralmente à noite, o que gera a necessidade de movimentá-las. O psiquiatra afirma que é necessário evitar o uso de cafeína e de estimulantes.
“A síndrome causa um desconforto muito grande e isso leva a uma baixa na qualidade de vida. Algumas atividades físicas, como pilates e massoterapia, podem ajudar no relaxamento do indivíduo no dia a dia.”, explica Gordilho.
Diagnóstico e tratamento
A síndrome não pode ser diagnosticada apenas pela inquietação nas pernas. A princípio, é preciso apresentar outros sintomas combinados, como cansaço, dor muscular, fadiga intensa e problemas na rotina decorrentes de indisposição ou da falta de concentração.
“Por ser um transtorno crônico, quando tratado adequadamente o problema tende a desparecer. Geralmente, diminuindo o estresse e levando a vida de forma mais saudável. O tratamento medicamentoso é utilizado para estabilizar o problema e viver com qualidade”, finaliza o psiquiatra.