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SÍNDROME DO PÂNICO

Em entrevista ao Manhã Excelsior, a psiquiatra Paula Dione explica as principais características da Síndrome do Pânico.

Cada vez mais presente em nossa sociedade, principalmente nesse momento de pandemia, a Síndrome do Pânico é uma doença caracterizada por episódios repentinos de crises agudas de ansiedade marcadas pela sensação de medo, desespero, com sintomas físicos e emocionais que podem até mesmo deixar o indivíduo paralisado diante dessas sensações.

As crises podem trazer prejuízos às atividades cotidianas do indivíduo, impactando os aspectos de sua vida diária, como o trabalho, o lazer, e até mesmo a vida familiar. Paula explica que, nesse momento de isolamento social, é preciso estar atento ao surgimento de sintomas de ansiedade:

“Esse período tem despertado a ansiedade. O transtorno de pânico é um subnível de ansiedade, e o aumento do nível de ansiedade deixa as pessoas em maior risco de desenvolver ataques de pânico”, explica Paula Dione.

Confira a matéria:

Ataque x Síndrome

Paula explica que os ataques de pânico são eventos em que o indivíduo experimenta situações físicas e psicológicas frente a uma ameaça real ou imaginária. Em resposta, apresenta sintomas como taquicardia, elevação da frequência respiratória, preocupação intensa, entre outros.

Já a Síndrome do pânico é um quadro mais complexo. O indivíduo tem tendência a ter ataques de pânico recorrentes e demanda um tratamento farmacológico associado à psicoterapia.

“São coisas diferentes, que podem acontecer isoladamente. Mas, de qualquer forma, o aumento da ansiedade e preocupação, por conta da contaminação com a doença, aumenta a propensão para a crise de pânico ou abertura de quadros em indivíduos que já eram portadores da doença”, enfatiza a psiquiatra.

 

Necessidade do tratamento

As causas da Síndrome do Pânico ainda não são perfeitamente esclarecidas, mas estima-se que sejam originadas geneticamente, por fatores ambientais e uso de substâncias psicoativas. No entanto, o tratamento para este transtorno é possível com associação farmacológica e psicoterápica.

Paula Dione aponta a importância da ajuda qualificada para ter um tratamento adequado:  “O ideal é ser bem orientado para que o indivíduo entenda como o corpo dele funciona, para que em uma próxima oportunidade consiga manejar a crise, além de ter o atendimento do psiquiatra e psicólogo”, finaliza a especialista.