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Síndrome do Pânico: Quando a ansiedade afeta negativamente nosso dia a dia

A ansiedade é um estado emocional que faz parte da vida. É comum nos sentirmos ansiosos diante de algumas situações cotidianas, como por exemplo, em uma entrevista de emprego ou horas antes de realizar um prova importante.

Mas quando a ansiedade passa a afetar negativamente o dia a dia há um problema. Se alguém não consegue mais seguir sua rotina, seja no trabalho, na escola ou na vida social, pode estar sofrendo de um transtorno de ansiedade, a Síndrome do Pânico.

Em entrevista ao programa CBN Bate Papo da rádio CBN Salvador, o psiquiatra da Holiste, André Gordilho fala sobre este transtorno e explica suascaracterísticas. “A Síndrome do Pânico é caracterizada por ataques inesperados e recorrentes de pânico. O ataque de pânico é uma exacerbação aguda da ansiedade, na qual o indivíduo apresenta uma sensação de medo e angústia intensa, associada a sintomas físicos, como tremor, sudorese, falta de ar, tontura, taquicardia e uma sensação de desmaio ou morte eminente”, diz.

Causas

Não há uma causa específica para a síndrome de pânico. Existem apenas algumas hipóteses. Uma delas trata dos fatores genéticos, uma vez que 35%dos familiares de primeiro grau de pacientes com transtorno de pânico também desenvolvem o problema. Outra hipótese levantada é de que os portadores têm uma disfunção neurológica do sistema de alerta, ou seja quando passamos por alguma situação que causa medo, nosso sistema de alerta é acionado pelo cérebro. Quem sofre da síndrome pode ter uma disfunção nesse sistema e desencadear uma crise sem uma causa determinante.

Sintomas

Os sintomas vêm em um crescente e geralmente atingem seu ápice em 10 minutos, podendo a crise durar até 30 minutos. Os episódios podem se desencadear de maneira espontânea, ou seja, sem nenhum fator específico ou então de forma situacional, quando alguma situação é responsável pelo início do ataque de pânico. Na prática, isso significa que alguém que teve uma crise enquanto dirigia, deixa de dirigir; se a crise aconteceu no metrô, deixa de utilizar esse meio de transporte. Segundo o psiquiatra, existem casos em que a pessoa deixa de sair de casa ou não sai mais sozinha a fim de evitar situações que possam lhe causar o pânico: “Aquele indivíduo já teve tantos ataques, em diversas situações e lugares, que ele passa a ter medo de se expor e desenvolver novos episódios de pânico. É o que chamamos de agorofobia, um quadro fóbico provocado pelo pânico não tratado, que se caracteriza por fugir de situações de exposição, de lugares abertos e a pessoa começa a se isolar e evitar situações que podem ser gatilhos para o desencadeamento de novas crises”.

Tratamento

O tratamento é realizado a base de medicação, os mais utilizados são os antidepressivos e ansiolíticos, associado às psicoterapias. O psiquiatra é o profissional responsável por fazer a avaliação do caso, definir o tratamento e encaminhar para o psicoterapeuta dar andamento às sessões de terapia.

Confira a entrevista completa.