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SOFRER POR AMOR: QUAL O LIMITE?

SOFRER POR AMOR

SOFRER POR AMOR

Um dos temas da próxima edição do Ciclo de Palestras Holiste, sofrer por amor faz parte da história de vida da maioria das pessoas. Mas, o que fazer quando este sofrimento ultrapassa o limite do saudável?

É comum, principalmente quando somos jovens e temos pouca habilidade para entender e manejar nossos sentimentos, sofrer por amor. Seja por um sentimento não correspondido, seja pelo término de uma relação ou quando existe uma traição, é natural que exista um sofrimento relacionado com a decepção da expectativa gerada em relação ao outro. Este sofrimento, mesmo quando agudo, tende a desaparecer com o passar do tempo. Quando esta dor permanece, atrapalhando as rotinas diárias do indivíduo, é preciso atentar para a situação e buscar ajuda profissional. Para comentar o assunto Dra. Fabiana Nery, psiquiatra da Holiste, compareceu ao programa Saúde e Bem-Estar da Rádio CBN.

 

SENTIMENTOS: VILÕES OU ALIADOS?

Se sofrer por amor é tão comum e “normal” nas relações, por que isso merece nossa atenção? O sofrimento, assim como os outros sentimentos, faz parte de nossa vida e é necessário para a nossa formação, em diferentes e importantes momentos: “Sofrimento faz parte da vida, e é uma coisa até importante em determinado momento, assim como as outras emoções. Por exemplo, o medo: medo não é uma emoção agradável de se sentir, mas ela é importante para a sobrevivência da espécie (…) Então as emoções, boas ou ruins, agradáveis ou desagradáveis, elas são importantes (…) A dor, que é um tipo de sofrimento, é um sinal de alerta do corpo de que algo não está bem. Se a gente não sentisse dor não iríamos conseguir tratar o que está disfuncional, desregulado” – explica a psiquiatra.

Ainda assim, há momentos onde estes sentimentos fogem do controle, se desregulam, trazendo uma série de transtornos na vida da pessoa. A partir deste ponto, é necessário procurar ajuda: “Quando a gente fala de qual é o limite do sofrimento é, justamente, quando este sofrimento deixa de ser normal, adequado para aquela situação (…) Qual é o sofrimento normal? É aquele sofrimento que é intenso no começo, é proporciona ao quanto você gostava e queria aquilo que você perdeu, mas ele tende a ir diminuindo de intensidade com o passar do tempo”.

 

SINAIS DE ALERTA

Alguns comportamentos podem servir como sinais de que o modo como aquela paixão se manifesta, ou o sofrimento causado por ela, está causando um dano excessivo na vida daquela pessoa, fugindo do adequado. “Muitas vezes a pessoa que está sofrendo com essa situação tem uma dificuldade em reconhecer este padrão disfuncional. Em geral, os amigos e os familiares têm um papel fundamental em aponta-la: ‘você tá exagerando, isso aqui está te prejudicando’. Eu acho que a palavra certa seja essa: prejuízo. Quando você começa a notar que uma pessoa, por exemplo, diminuiu todos os interesses por outras áreas e começa a concentrar o interesse apenas naquele relacionamento, ou tem um medo muito exagerado de perder aquele relacionamento, de alguma maneira ficar sem aquela pessoa, isso é um sinal de alerta” – aponta Dra. Fabiana.

Confira a entrevista completa:

https://holiste.com.br/wp-content/uploads/2016/09/SAUDE_E_BE_ESTAR_15092016.mp3?_=1

 

CICLO DE PALESTRAS HOLISTE

Para saber mais sobre o tema e aprofundar-se neste debate, acontecerá no dia 21 de setembro, à partir das 19:00 no Hotel São Salvador, a segunda edição do Ciclo de Palestras Holistes. Além da presença de Dra. Fabiana Nery, que palestrará sobre este tema, o evento irá receber a psiquiatra Carmita Abdo, uma das maiores especialistas em sexologia do país.

Dra. Carmita é professora e fundadora do Programa de Estudos em Sexualidade (PROSEX) da Faculdade de Medicina da USP, e palestrará sobre o tema: Sexualidade. As inscrições para o evento são gratuitas e devem ser feitas através do site: www.palestras.holiste.com.br

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