No Brasil, cerca de 3 mil suicídios ao ano são praticados por jovens entre 15 e 29 anos. Identificar os primeiros sinais de risco é fundamental para que o problema possa ser abordado e tratado, reduzindo suas consequências.
O suicídio é um sintoma de gravidade do adoecimento mental. Identificar os sinais, ainda no início da doença, é fundamental para evitar que casos mais simples, perfeitamente tratáveis por um profissional especializado, se transformem em quadros crônicos, de sofrimento intenso e maior risco para o paciente.
Sensibilizar a sociedade para identificar jovens com distúrbios psíquicos ajudará a reduzir essas estatísticas. Muitas vezes, há sinais fáceis de identificar, os quais ficam mais aparentes meses ou semanas antes do ato.
10 PONTOS IMPORTANTES DO TRABALHO DE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO ENTRE JOVENS
1 – A adolescência é um período de grandes transformações. É preciso estar atento e observar mudanças drásticas de comportamento e abrir espaço para o diálogo;
2 – Quando identificar que algo não está bem com o adolescente, evite julgamentos e comparações. Ao invés disso, tenha um comportamento acolhedor, demonstre empatia, interesse e disponibilidade em ouvir o que está o incomodando;
3 – Comportamentos de total isolamento social devem ser observados com cuidado;
4 – O mal rendimento escolar pode ser o indicador de algo não está bem, assim como a falta de desejo de ir à escola;
5 – Às vezes o adolescente pode manter um bom rendimento escolar, mas apresentar problemas comportamentais. Advertências, suspenções, envolvimento brigas, desrespeito a professores e outros membros do corpo pedagógico pode ser um sinal de que algo não está bem com o adolescente;
6 – O uso de drogas, lícitas ou ilícitas, deve ser observado com bastante atenção e discutido entre pais, adolescentes e educadores;
7 – Automutilações, ameaças ou tentativas de suicídio devem ser levados à sério e nunca encarados como forma de chamar a atenção para si. Nesses casos, um especialista deverá ser consultado com urgência;
8 – Psiquiatras e psicólogos são uma ajuda importante, não vão traumatizar o seu filho. Eles fazem parte da solução, não do problema, pois crianças e adolescentes podem se sentir mais à vontade para conversar com alguém que não seja seus pais;
9 – Tratamentos e medicações devem ser sempre recomendados e acompanhados por um especialista qualificado. Não utilize em seus filhos o tratamento que um (a) amigo (a) utilizou no filho dele (a). Os tratamentos em saúde mental são sempre individuais, respeitando a singularidade e a história de vida de cada pessoa;
10 – Falar sobre o suicídio é SEMPRE A MELHOR ESCOLHA! ESCUTE e CONVERSE com seus filhos, seja sempre o local seguro para que qualquer tipo de assunto possa ser abordado, tornando-se presente nas questões que eles acham importantes!
SUICÍDIO, NA PONTA DO LÁPIS
Infelizmente, esse tema ainda é tratado como um grande tabu pela maioria das pessoas, que evitam sequer pensar sobre isso, quanto mais falar a respeito. Mas, por mais incrível que possa parecer, falar sobre o suicídio ajuda na prevenção do comportamento suicida. O vídeo “Suicídio na ponta do lápis” trata deste assunto de forma simples e acessível.
Assista ao vídeo.