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TODO MUNDO PRECISA DE TERAPIA?

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Em entrevista ao UOL, a psicóloga Bárbara Santos fala sobre a máxima que diz que “todo mundo deveria fazer terapia”.

Todo mundo já deve ter ouvido alguém falar que “todo mundo deveria fazer terapia para lidar com quem precisa de terapia e não faz”. Mas, será que todas as pessoas necessitam fazer terapia?

De acordo com especialistas, não. Segundo Bárbara Santos, psicóloga e psicanalista na Holiste, não existe uma regra sobre quem deve ou não buscar o auxílio de um terapeuta, mas é possível identificar algumas motivações:

“O mais comum são pessoas em intenso sofrimento emocional, que buscam o psicólogo para entender melhor o que está acontecendo e como lidar com isso”, aponta.

Definindo sofrimento

A terapia não precisa ser uma ferramenta restrita a quem tem um problema de saúde mental, ela pode trazer benefícios a qualquer pessoa que tenha algum tipo de sofrimento psíquico, algum desconforto emocional.

“O sofrimento faz parte da vida de todos, assim como a alegria, a felicidade. Ele nos ajuda a amadurecer, mas quando passa a ser incapacitante, prejudicando outros aspectos da vida da pessoa e tornando a realidade dela adoecida, é hora de buscar ajuda”, acredita a especialista.

Sinais de sofrimento

Alguns sinais podem ajudar a identificar se o sofrimento psicológico está além do normal, entre os quais: dificuldade em se relacionar com outras pessoas, baixo rendimento no trabalho, procrastinação, oscilações de humor importantes, irritação ou angústia que não passam, etc.

Nem sempre os sintomas são psicológicos e comportamentais. Muitas vezes, os sinais de sofrimento aprecem no corpo; é comum as dores de cabeça e no corpo, fadiga e dificuldade de concentração, além de episódios de gastrite e queda imunológica.

E se não funcionar para mim?

Outra questão bastante comum de quem inicia a terapia é dizer “isso não funciona para mim”. Bárbara aponta que, neste caso, essa atitude pode esconder um desconforto frente à situação, visto que a terapia é um espaço de escuta de sentimentos. Porém, também existe um confrontamento com as suas próprias falhas, o que nem sempre é confortável:

“A terapia é importante para acolher aquelas emoções, ajudar a pessoa a entender o porquê de estar sentindo aquilo e legitimar esses sentimentos. Mas, em algum momento, ela vai tentar esclarecer a responsabilidade da pessoa por aquele mal-estar, buscar uma mudança, e isso às vezes é um processo longo e difícil para o paciente”, afirma.

Por que falar com um psicólogo e não um amigo?

Nem sempre temos a liberdade de dizer o que pensamos a pessoas próximas. Além disso, as pessoas podem estar muito envolvidas na situação e, dessa forma, impedir de enxergar as coisas com mais clareza.

A especialista acredita que a terapia é um lugar de escuta e não uma sessão de desabafo. “Não ter envolvimento afetivo às vezes é muito benéfico para que a pessoa consiga ouvir o que precisa ser dito”, afirma Bárbara.

Matéria originalmente publicada em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/05/07/como-saber-se-eu-preciso-ir-ao-psicologo.htm