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TRANSTORNO ALIMENTAR – ENCONTROS HOLISTE

transtorno alimentar

“Quando comer se torna um sofrimento” foi o título da edição do Encontros Holiste voltado ao Transtorno Alimentar, com a psiquiatra Raíza Alves e a psicóloga Barbara Santos.

 

O transtorno alimentar é um problema de saúde que traz diversas complicações para o indivíduo. Comumente associado à ansiedade, compulsão, abusos de substâncias e comportamentos de risco, o transtorno pode afetar a vida do paciente no âmbito social, familiar, laboral e afetivo, implicando inclusive em sua autoimagem.

Devido à importância do tema, o Encontros Holiste trouxe a psiquiatra Raíza Alves para palestrar sobre o tema “Transtorno Alimentar – Aspectos históricos e tratamento”, seguida por Bárbara Santos, psicóloga e Coordenadora do Núcleo de Transtorno Alimentar da Holiste, com a palestra “Do que me alimento quando como?”.

“Esse é um assunto cada vez mais importante. Vivemos uma época de muita exposição da imagem, das redes sociais, dos influencers e das fórmulas mágicas para se conseguir um “corpo perfeito.” – explica Bárbara.

Confira as fotos do evento:


 

O QUE É UM TRANSTORNO ALIMENTAR?

Transtorno alimentar é uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação, que resulta no consumo ou absorção alterada de alimentos, que compromete a saúde física ou o funcionamento psicossocial do indivíduo.

Os transtornos alimentares mais conhecidos são a anorexia, bulimia, compulsão alimentar, pica, transtorno de ruminação e transtorno alimentar restritivo.

“Destes, a anorexia é o transtorno mais grave, com a maior taxa de óbitos. Por isso é o mais estudado dos transtornos alimentares, com características bem definidas: preocupação mórbida de engordar, perda considerável de peso, alterações na percepção corporal e disfunções endócrinas” – explica Raíza.

Assista a palestra completa:

 

TRATAMENTO

Como exposto acima, os transtornos alimentares são multifatoriais, envolvendo aspectos físicos e psicológicos. Isso demanda que o tratamento seja feito por uma equipe multiprofissional, que trabalhe cada um desses fatores para restaurar a saúde do paciente.

Psiquiatra, psicólogo e nutricionista são indispensáveis na composição da equipe, que ainda pode contar com assistente social, enfermeiro, educador físico e terapeuta ocupacional.

“O primeiro objetivo do tratamento é estabilizar a saúde física e psicológica do paciente, que geralmente já chega muito debilitado ao serviço de saúde. Depois, busca-se promover a recuperação cognitiva, volitiva e afetiva do medo de engordar, e a insatisfação corporal constante com o próprio corpo. Também é preciso envolver a família, criar estratégias de prevenção a recaídas, além de restaurar a autonomia e a responsabilização pela própria saúde” – afirma a psiquiatra.

 

DO QUE ME ALIMENTO QUANDO COMO?

Mais do que prover o corpo dos nutrientes necessários ao seu bom funcionamento, a alimentação exerce outras funções em nossa sociedade. Ela já não é mais algo meramente natural, uma necessidade fisiológica, mas parte do discurso social.

“Estamos o tempo todo sendo bombardeados por conteúdos relacionados a alimentação. Cada vez mais surgem programas de TV voltados à gastronomia, influencers de redes sociais dando dicas de alimentação “saudável”, dicas de receitas rápidas que levam poucos ingredientes, sucos detox, etc.

A alimentação está o tempo todo nos convidando a pensar nossos afetos, nos símbolos que circulam entre nós. Não é à toa que a gente recebe amigos em casa, vai a um date, e um jantar é a circunstância desses encontros. E isso desde o primeiro momento de nossas vidas: o primeiro encontro com o corpo do outro é a partir da amamentação.” – contextualiza Bárbara.

Assista a palestra completa:

 

TRANSTORNO ALIMENTAR COMO REFLEXO DE UM MAL-ESTAR

Quando um quadro de transtorno alimentar já está instaurado, ele geralmente é um reflexo de algum mal estar que se instalou naquele indivíduo, e que somente através de uma escuta especializada atenta poderá ser identificado e, consequentemente, tratado.

“Quando vem pra psicoterapia, e a gente abre as portas para a escuta, pra subjetividade, a gente vê que quando começa a falar disso esse paciente remete a um passado, a família remete a um passado, a esses primeiros registros.

Uma paciente que, por exemplo, desenvolveu uma anorexia na adolescência e que, quando a gente vai conversar com a família, a gente descobre que ela teve alergia ao leite materno durante a amamentação. “ – pontua a psicóloga.