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TRANSTORNO BIPOLAR E A VIDA PROFISSIONAL

No quinto episódio da websérie Bipolaridades, André Dória, psicólogo da Holiste, explica como o transtorno bipolar afeta a vida profissional do paciente.

O transtorno bipolar é a sexta maior causa de incapacitação no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS. Caracterizado pela alternância de dois estados de humor, euforia e depressão, o transtorno não tem cura, mas pode ser controlado com o tratamento adequado.

Numa sociedade onde as pessoas são hiperestimuladas a todo tempo, cobradas a apresentar uma alta produtividade, esse excesso de obrigações converge com os primeiros sintomas de um quadro maníaco.

Segundo o psicólogo, “a aceleração da mente num paciente com transtorno bipolar remete à ideia de um sujeito cheio de energia, criativo e inventivo o tempo todo. Essas manias podem gerar uma visão romântica sobre o quadro bipolar.”

Assista ao vídeo completo:

O dia seguinte

Depois de uma crise bipolar, geralmente acontece um episódio de retração do humor ou depressão. O indivíduo tem dificuldade para retornar ao trabalho, porque tem uma “fatura a ser paga” pelos excessos que a mania impôs a ele. De acordo com Dória, é preciso separar a ideia de aceleração do pensamento com inventividade.

“Para além dessa visão romântica que as pessoas têm sobre um quadro de bipolaridade, é preciso não potencializar comportamentos que o indivíduo tem ou não, mas que por estar num processo bipolar, de aceleração psíquica e mental, acaba aparecendo”, destaca.

Pós-crise

As pessoas internadas após um episódio de mania, em que houve transgressões e ofensas a outras pessoas, retornam ao consultório clínico com uma questão que as mobiliza: o que fazer com os males que causei, com o que deixei em aberto?

“O processo terapêutico pós-crise é delicado porque vai tocar em algo que ele tinha guardado, mas que no processo maníaco veio em uma versão plena”, aponta André Dória.