O Transtorno Bipolar é o primeiro vídeo da nossa nova série “Saúde Mental na ponta do lápis”, que vai tratar de assuntos relacionados aos Transtornos Mentais utilizando uma linguagem mais leve e lúdica com o objetivo de levar mais informações e desmistificar a Saúde Mental.
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FULANO É BIPOLAR?
Provavelmente você já ouviu falar que alguém que você conhece é “de lua”: uma hora tá feliz da vida; noutra, tá triste e não tem energia pra fazer nada. Você logo pensa: “fulano é bipolar!”, como se isso fosse a explicação pra uma simples variação de humor natural da vida. Mas não é bem assim. O Transtorno Bipolar é uma doença séria, com sintomas e tratamentos bem específicos.
No Brasil, a estimativa é de que o Transtorno Bipolar atinge cerca de 15 milhões de pessoas. Isso significa uma a cada 13 pessoas. É muita gente. O problema é que apenas uma pequena parte dessas pessoas é diagnosticada e tratada, já que os sintomas às vezes não são facilmente reconhecíveis.
Por isso, primeiro é preciso entender tintim por tintim do que consiste esse transtorno. Então vamos lá: o Transtorno Bipolar do Humor é um transtorno mental, cuja principal característica é a ocorrência de episódios depressivos e episódios maníacos.
“Episódios depressivos são momentos de desânimo, humor rebaixado, falta de energia, de apetite e até mesmo falta de prazer com coisas que antes traziam alegria. É comum que durante a fase depressiva a pessoa se isole socialmente, não querendo contato com o mundo ao redor, se sinta culpada por tudo que acontece e até pense em suicídio.
Por outro lado, durante episódios maníacos, também chamados de episódios eufóricos, a pessoa tem a chamada aceleração psicomotora, com um aumento de energia e uma elevação do humor. Ela provavelmente vai trabalhar muito, dormir pouco (e se orgulhar disso), e pode inclusive ter sintomas como gastos excessivos, comportamentos extravagantes e aumento da sexualidade. Ao contrário dos episódios depressivos, a fase maníaca causa a perda da autocrítica e da responsabilidade”, explica a psiquiatra Fabiana Nery.
Como se não fosse o bastante, a pessoa que sofre desse transtorno também pode vivenciar episódios mistos, que juntam sintomas das duas fases. Por um lado, ela pode se sentir pra baixo, com muito pessimismo e pouca esperança em relação às situações do dia a dia, e ao mesmo tempo, se sente irritada, agitada e acelerada.
“Tanto na mania, como na depressão, existem sentimentos de auto-referência. Se por um lado, a pessoa pensa “eu não sou nada” durante um episódio de depressão, ela pensa “eu sou tudo!” durante um episódio maníaco”, destaca o psicólogo André Dória.
DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO
Pode demorar muito tempo até que o Transtorno Bipolar seja diagnosticado corretamente. Pra começar, porque variações de humor e de energia realmente são naturais na vida de qualquer pessoa. Por isso, pode ser bem difícil perceber quando esses sentimentos e comportamentos podem ser sintomas da doença. O principal é identificar se esses episódios trazem sofrimento e prejuízos ao indivíduo. Outra dificuldade no diagnóstico é que os sintomas podem ser confundidos com sintomas de outros transtornos mentais, como a depressão, a esquizofrenia e o transtorno de personalidade borderline.
Se não for tratada de forma adequada, por um médico psiquiatra e outros profissionais especializados em saúde mental, a pessoa com o Transtorno Bipolar pode desenvolver sintomas intensos e perigosos, como alucinações, delírios, sentimentos de perseguição e até pensamentos suicidas. Além disso, a probabilidade da doença se tornar crônica é maior, fazendo com que a recuperação seja cada vez mais difícil.
Antes de mais nada é fundamental lembrar que cada caso é um caso. Apesar de a grande maioria das pessoas tomar paracetamol quando tem uma dorzinha de cabeça, não são todos os pacientes bipolares que terão o mesmo tipo de tratamento. Ou seja, é necessário respeitar a singularidade de cada paciente.
TRATAMENTO DO TRANSTORNO BIPOLAR
De qualquer forma, dá pra dizer que o tratamento ideal passa por uma série de etapas, como o acompanhamento psiquiátrico e psicoterápico, o uso de medicamentos, a participação e proximidade da família, a conscientização do paciente e a manutenção do tratamento a longo prazo. Em casos mais extremos, o tratamento também inclui a internação psiquiátrica, com o objetivo de proteger o paciente, evitando que ele se coloque em situações de risco até que as medicações reduzam os sintomas mais graves, segundo Fabiana Nery.
No fim das contas, é essencial que tanto o paciente, como a família e a sociedade entendam o que é o Transtorno Bipolar na prática e aprendam que é totalmente possível ter uma vida normal, feliz e saudável quando o transtorno é diagnosticado e tratado de forma adequada.
É por isso que a Holiste conta com profissionais capacitados e uma estrutura completa, incluindo internação, ambulatório, hospital dia, residência terapêutica e atendimento domiciliar. A chamada “moderna psiquiatria” é a maneira da Holiste de abordar o cuidado com a saúde mental, levando em conta que cada paciente é único e precisa de tratamento e abordagens personalizados.
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Se você quiser saber mais sobre a importância de cada fase do tratamento e como é possível viver bem com essa doença, dá uma olhada no vídeo mais completo sobre o Transtorno Bipolar, com os depoimentos dos profissionais da Holiste: O TRANSTORNO BIPOLAR