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Depressão | Vivendo com o Cachorro Negro da Depressão

A depressão é uma grave doença que afeta, além do paciente, todos ao seu redor. Então como os cuidadores podem cuidar de si mesmo, enquanto cuidam de alguém com depressão?

Os cuidadores, termo que compreende todas as pessoas que dão suporte ao paciente com depressão  (conjugue, filhos, amigos, etc) têm que manter tudo ao seu redor: empregos, famílias, filhos, além de cuidar do paciente.   A tensão e dificuldades podem ser tantas que, muitas vezes, o risco do cuidador se deixar envolver pela depressão e adoecer no processo é grande.

 

VIVENDO COM O CACHORRO NEGRO DA DEPRESSÃO

Matthew Johnstone e sua esposa Ainsley decidiram compartilhar sua experiência com a depressão no livro “Living with a Black dog” (Vivendo com o cachorro negro – tradução livre).  Ainsley ajudou Matthew a superar a depressão, um processo que durou mais de 10 anos.

O livro tem como proposta ser um guia para parceiros, cuidadores e pacientes.     Os autores ensinam que o Cachorro Negro da depressão, bem como um cachorro real, precisa ser abraçado, compreendido, ensinado a fazer novos truques para, finalmente, lhe ser completamente obediente.

O livro trata o tema de uma maneira sensível e delicada, mas extremamente prática e, sobretudo, didática.  Buscando auxiliar todos envolvidos no processo.

Traz dicas como: “O que não dizer ou fazer”, “Coisas para se dizer ou fazer”, “Abraçando o cachorro negro”, “Algumas regras simples de compromisso e concordância” e “Auto-preservação para o cuidador”.

 

COISAS BOAS PARA SE DIZER OU FAZER

– Seja sensível ao modo como você aborda o tema. A maioria das pessoas não está acostumada a falar de sua saúde mental ou sobre a falta dela
– Tente não falar muito; ao invés disso, seja um bom ouvinte e abra seu coração
– Estar sempre disponível para alguém, sem opiniões e julgamentos, é um dos maiores presentes que você poderá oferecer a alguém, sempre
– Encoraje-os a procurar ajuda profissional: oferecer ajuda para achar um bom médico, marcar uma consulta ou até mesmo acompanhá-los pode trazer benefícios enormes

AUTO-PRESERVAÇÃO PARA O CUIDADOR

– Pode ser muito difícil não ser afetado pela raiva, crítica, negatividade e apatia, pessoalmente. É importante não dar bola para isso, entenda que é a depressão latindo, não a pessoa que você está cuidando
– Ser superexposto ao Cachorro Negro de alguém pode se tornar algo muito desgastante: a angústia adora companhia, então tente não ser sugado para o olho deste furacão
– É muito importante reconhecer e respeitar suas próprias necessidades, limitações e barreiras
– Participe de um Grupo de Apoio: não há nada como estar em uma sala cheia de pessoas entendem e compartilham a sua história

 

VÍDEO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

Assim como fez com o primeiro livro (Eu tinha um Cachorro Negro, seu nome era depressão), a OMS (Organização Mundial da Saúde) produziu um vídeo sobre o “Vivendo com o Cachorro Negro da Depressão” para ajudar a aumentar o número de informações sobre a depressão e assim diminuir o preconceito sobre a doença.

SOBRE O AUTOR: MATTHEW JOHNSTONE

Matthew é autor do livro “Eu tinha um Cachorro Negro, seu nome era depressão”, onde relata, utilizando a metáfora do Cachorro Negro, como a depressão afetou sua vida e como foi que ele começou recuperar e dar uma reviravolta em sua vida através da ajuda profissional, mostrando que ninguém precisa se definir pela doença e que é possível vencê-la com o apoio certo.

O primeiro livro, lançado em 2005, fez um grande sucesso em diversos países, principalmente pela maneira simples, direta e sensível que o autor fala sobre a depressão e seus sentimentos no texto e belas ilustrações.

“Vivendo com o cachorro negro da depressão” foi escrito em parceria com sua esposa Ainsley, lançado em 2008 e segue o mesmo sucesso de seu antecessor.

 

O CACHORRO NEGRO DA DEPRESSÃO

O Cachorro Negro é uma expressão geralmente utilizada na língua inglesa (Black Dog) para definir a depressão, “como se fosse um companheiro constante”.  A expressão foi popularizada por Winston Churchill que utiliza com freqüência para definir suas próprias crises de depressão.