O final do ano é marcado pelas festas de Fim de Ano, mas também pela famosa compra dos presentes de Natal e, normalmente nesta época, o comércio em geral costuma anunciar “incríveis” promoções e descontos “imperdíveis”. Todo esse esforço massivo para seduzir o consumidor pode contribuir para que o ato de comprar se transforme em compulsão.
Em entrevista ao programa Na Sala e na Cozinha, da rádio Metrópole, a psicóloga da Holiste, Raíssa Silveira, falou sobre o comportamento dos compradores compulsivos e de como neste período aumenta o consumo impulsivo.
“O mercado cria a necessidade e fortalece esse inconsciente coletivo de que a gente precisa comprar. Afinal, o consumo hoje é considerado sinônimo de qualidade de vida e de bem-estar, ou seja, se tem a ilusão que você tem que comprar para se sentir melhor”.
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VÍCIO TEM EFEITO IGUAL À DROGA
O mecanismo da compulsão é semelhante ao da droga. O dependente químico toma a droga e se alivia momentaneamente, mas logo já volta à necessidade do consumo. A mesma coisa nos compulsivos. Elas acabam de comprar algo, mas já são levadas a comprar outra coisa novamente.
A psicóloga afirma que é importante ressaltar a diferença entre as pessoas que compram demais e aqueles indivíduos tidos como compulsivos. “A compulsão é justamente para suprir alguma angústia ou sofrimento. O problema é que a sensação de prazer que o ato de comprar proporciona é momentânea, e quando o efeito passa, o sentimento de angústia retorna e a vontade de consumir também. Acaba tornando-se um ciclo vicioso.”