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MEMÓRIA EM TEMPOS DIGITAIS

Em entrevista ao Band Mulher, a psicóloga Raissa Silveira falou sobre os desafios do funcionamento da memória em tempos digitais.

A tecnologia tem transformado a maneira de aprender, utilizar a memória e até mesmo nossa capacidade de prestar atenção. Hoje, a quantidade de informações acessadas diariamente pode afetar a capacidade da memorizar fatos, deixando-nos dependentes da tecnologia, em um verdadeiro ciclo vicioso.

Raissa Silveira explica que com exercícios de estimulação cognitiva é possível fortalecer áreas fragilizadas, que não foram exercitadas, a fim de não comprometer o desempenho do indivíduo no dia a dia.

“Quando melhoramos a qualidade na execução de atividades geramos maior rendimento em sua realização. Mas, para esse aperfeiçoamento da memória, também são necessárias técnicas de planejamento e organização do que será feito, estimulando o cérebro da forma correta”, aponta.

Veja a entrevista completa:

 

Tipos de memória

A memória é a forma como o cérebro adquire, armazena e recupera informações. Raissa Silveira explica que ela pode ser classificada como memória de curto ou longo prazo, variando quando os arquivos armazenados estão disponíveis à evocação em um certo período de tempo.

Outros tipos de memória são: a memória episódica, arquivos de momentos vividos pelo indivíduo; a semântica, que grava informações relacionadas aos conhecimentos gerais; e a implícita, relacionada a informações e comportamentos armazenados conscientemente, mas que com a repetição diária torna-se involuntária.

“É importante lembrar que também depositamos emoções nas memórias, por exemplo: as informações vivenciadas na infância têm uma carga de afeto muito maior que situações cotidianas”, destaca a psicóloga.

Importância da estimulação da mente

As novas tecnologias, como os smartphones, facilitam nossa comunicação e influenciam novos hábitos da vida contemporânea. Mas, esses novos e constantes estímulos podem prejudicar nossa capacidade de manter a atenção em uma única atividade específica, causando prejuízos na conclusão de tarefas.

A estimulação cognitiva, espécie de ginástica mental que constitui-se na aplicação de exercícios que trabalham funções específicas do cérebro (dentre elas a memória), traz benefícios que permite que a pessoa melhore sua performance na realização de funções simples do cotidiano (tomar banho ou vestir-se), até atividades mais complexas (fazer compras, lidar com dinheiro, tomar decisões), favorecendo sua qualidade de vida, sua autonomia e capacidade de estabelecer metas e cumprir objetivos.