No último episódio da websérie Bipolaridades, o psicólogo André Dória explica a importância da psicoterapia no tratamento do Transtorno Bipolar.
Durante a websérie Bipolaridades abordamos o que é o Transtorno Bipolar, explicamos a diferença entre sintomas e características de personalidade, a relação do bipolar com a vida profissional e, ainda, o desafio da aceitação do diagnóstico.
Neste último episódio, André Dória explica como a psicoterapia é uma importante aliada no tratamento do transtorno bipolar.
Assista ao último episódio da websérie Bipolaridades:
Além do autoconhecimento
As abordagens psicoterápicas no tratamento do transtorno bipolar têm como objetivo melhorar a adesão terapêutica, reduzir os sintomas residuais e restabelecer a qualidade de vida do paciente.
De acordo com o psicólogo, muitas vezes as pessoas confundem psicoterapia com psicoeducação, como se conhecer os gatilhos que desencadeiam os episódios de mania ou depressão fosse o suficiente para garantir a prevenção de uma nova crise.
“É importante conhecer os sintomas do que é mania e do que é depressão, mas é necessário entender o processo de adoecimento. A psicoterapia é da ordem do singular; reduzi-la ou achar que só a psicoeducação dá conta é subestimar o que é o poder da pulsão”, explica André Dória.
O poder da pulsão
A pulsão é um impulso interno que direciona o comportamento humano, um processo inconsciente e alheio ao procedimento de tomada de decisão. André aponta que se a psicoeducação funcionasse sozinha não haveriam as transgressões de comportamento.
“Além da psicoeducação, que é importante, é necessário que haja um conhecimento particular e individualizado do processo de adoecimento. Por isso, a psicoterapia é um vetor fundamental no tratamento do transtorno bipolar”, afirma.
Busca por ajuda
Quem tem o diagnóstico de transtorno bipolar sabe do turbilhão de sentimentos e dos prejuízos sociais que enfrenta. Para o especialista, uma das formas de lidar com isso é encarar o tratamento com transparência e buscar ajuda profissional especializada.
“Se informar é importante, mas só isso não basta. Se você recebeu o diagnóstico ou tem um familiar com esse diagnóstico procure ajuda. Quanto mais cedo, melhor o resultado do tratamento”, finaliza.