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Dependência Química

A Dependência Química (álcool e drogas) apresenta características que a distingue de outros transtornos mentais.  Por isso, o Tratamento de Dependência Química demanda um programa específico, que abarque essas particularidades e promova a melhora do adicto.

A partir da experiência adquirida durante anos cuidando de dependentes químicos (álcool e outras drogas) e suas famílias, reavaliando e estruturando as atividades a partir de suas sugestões, desenvolvemos um programa voltado especificamente para o tratamento destes pacientes.

Os principais objetivos do nosso tratamento são: a reversão do quadro de abstinência; a recuperação do quadro clínico geral; o restabelecimento de rotinas de vida e de vínculos sócio-familiares; a criação de estratégias para a prevenção de recaídas e, principalmente, a adesão ao tratamento

Alguns pontos que se destacam no nosso modelo de tratamento

  • Trabalhamos com internação voluntária e Involuntária;
  • Proposta de internação de curto prazo;
  • Suporte psiquiátrico com tratamento medicamentoso;
  • Suporte psicológico na estabilização do quadro psicopatológico e desintoxicação;
  • Acolhimento emocional da família, além de orientação e realização de atividades de grupos terapêuticos específicos para ela.

 

AS QUATRO FASES DO TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA

A essência do nosso programa é a combinação entre a escuta individualizada do paciente (e seus familiares) com sua participação ativa nos grupos terapêuticos. As 4 fases do processo terapêutico são:

Desintoxicação: primeira fase do tratamento consiste na estabilização do quadro fisiológico e emocional. O foco, nesse momento, é acolher o paciente (contenção emocional e medicamentosa) e auxiliá-lo a como lidar com a abstinência.

Motivação: esta fase inicia-se quando os efeitos fisiológicos e emocionais agudos -produzidos pela abstinência do uso das substâncias- começam a ceder, possibilitando o desenvolvimento de um trabalho terapêutico de adesão ao tratamento.

Reabilitação: uma vez que o paciente apresenta sinais de adesão ao tratamento, é possível trabalhar na mudança de foco: construir, em parceria com o paciente, rede de apoio que o auxilie a lidar com a dependência.

Manutenção: aqui, o foco do trabalho terapêutico é a criação de estratégias de prevenção de recaídas, aumentando intervalo de tempo entre a vontade de usar a substância e a decisão de fazê-lo, abrindo a possibilidade de escolha por outro comportamento. Neste último aspecto do tratamento, trabalhamos a responsabilização do sujeito na retomada de sua vida, nas decisões e consequências que isto implica.

Agende sua consulta na nossa central de marcação (71 3082.3611) e saiba mais sobre o Programa de Dependência Química (PDQ)

 

O que é dependência química

A dependência química é definida como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos, que se desenvolvem após o uso repetido de determinada substância. Pode estar relacionada a uma substância psicoativa específica (por exemplo: cigarro, álcool ou cocaína), a uma classe de substâncias (opióides) ou a um conjunto mais vasto de diferentes substâncias.

Trata-se de um transtorno mental, uma doença crônica, onde diversos fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento, incluindo a quantidade e frequência de uso da substância, a condição de saúde do indivíduo e aspectos genéticos, psicossociais e ambientais.

 

Características da dependência química

Antes de tudo, é preciso diferenciar o comportamento de “Abuso” da “Dependência Química”.  Abuso é um padrão de uso de uma ou mais substâncias em grandes doses, podendo provocar algum sofrimento no indivíduo, trazer prejuízo ao seu funcionamento social/ ocupacional. A despeito das consequências negativas, o abusador persiste no uso. Já a dependência química vai além destes fatores, ficando caracterizada quando o consumo das substâncias é constante e foge ao controle do indivíduo, passando a desempenhar um papel invasivo, central e desestabilizador em sua vida.

Forte desejo ou compulsão para consumir a substância; dificuldades em controlar o comportamento de consumo; estado de abstinência fisiológico quando o uso cessa ou é reduzido; tolerância à substância usada, de tal forma em que doses cada vez maiores sejam necessárias para alcançar os efeitos originalmente produzidos; abandono progressivo de outros interesses em favor do uso, entre outros quesitos, são características da dependência química.

 

Internação Psiquiátrica para dependentes químicos

O dispositivo da internação psiquiátrica, no tratamento de usuários de álcool e outras drogas, tem indicações e contraindicações precisas, devendo ser avaliada e solicitada por um profissional especializado, que levará em consideração as especificidades de cada caso.

Nossa experiência com pacientes adictos demonstra que este recurso terapêutico é necessário, inclusive na modalidade involuntária, nos casos onde o usuário corre sério risco de vida e/ ou coloca em risco a vida de terceiros. Do mesmo modo, situações onde o usuário começa a praticar pequenos delitos, furtar objetos em casa para trocar pela droga, delapidar o próprio patrimônio ou o da família, a internação deve ser considerada como medida de contenção e redução de danos.

Em outros casos, são os próprios adictos que procuram o recurso da internação para interromper e se afastar do consumo compulsivo de substâncias. Perante sua própria incapacidade de controlar seus impulsos pelo consumo, o adicto aprende a pedir ajuda e se manter longe das drogas, pelo menos por um tempo.

A internação para tratamento da dependência química não deve ser utilizada como instrumento de punição do adicto, podendo, nestes casos, dificultar a abordagem terapêutica devido à resistência do mesmo ao tratamento. A recuperação do dependente químico só é possível através da total adesão ao tratamento, dependendo diretamente da vontade do indivíduo em se libertar do vício.

O tempo de duração de uma internação deste tipo não tem uma medida padrão. Contudo, na Holiste trabalhamos com uma proposta de internação curta de 15 dias. Em princípio, este é o tempo que dura o processo de desintoxicação com a reversão dos sinais de abstinência. No entanto, em muitos casos, faz-se necessário um trabalho de recuperação da autoconfiança, para que o paciente consiga reassumir algum compromisso pessoal e/ ou sociofamiliar, dando o primeiro passo para a recuperação de sua autonomia e autodeterminação.

Assista ao vídeo sobre o Tratamento de Dependência Química