O psicólogo Ueliton Pereira, realizou uma palestra sobre Dependência Química no ambiente de trabalho na SIPAT- Semana de Prevenção a Acidentes de Trabalho da Asperbras, multinacional que fabrica tubos e conexões.
A palestra teve como foco alertar e informar os colaboradores sobre os riscos causados pelo consumo de drogas, mostrando os prejuízos que podem ocorrer tanto no âmbito pessoal quanto no profissional.
A dependência química é considerada uma doença crônica e multifatorial, isso significa que diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento, incluindo a quantidade e frequência de uso da substância, a condição de saúde do indivíduo e fatores genéticos, psicossociais e ambientais.
Para Ueliton, realizar uma palestra no ambiente de trabalho sobre dependência química é de fundamental importância tanto para empresa, como para o colaborador. É um assunto que deve ser abordado com estratégias adequadas ao ambiente, através do diálogo franco voltado para a qualidade de vida. “A empresa deve incentivar campanhas e programas como parte de sua responsabilidade social para integrar seus empregados e alertar sobre riscos e prejuízos causados pelo consumo de drogas”, comenta.
Estatísticas relevantes
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência química é definida como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de determinada substância. A dependência pode dizer respeito a uma substância psicoativa específica (por exemplo, o fumo, o álcool ou a cocaína), a uma categoria de substâncias psicoativas (por exemplo, substâncias opiáceas) ou a um conjunto mais vasto de substâncias farmacologicamente diferentes.
Estatísticas da Organização Mundial do Trabalho (OIT) apontam o Brasil entre os cinco primeiros do mundo em número de acidentes no trabalho. São em média 500 mil por ano e quatro mil deles resultam em morte. Ainda de acordo com a OIT, o uso de álcool e outras drogas no local de trabalho é um problema de saúde pública e deve ser abordado sem discriminação. Dados levantados pela Organização indicam que 20% a 25% dos acidentes de trabalho no mundo envolvem pessoas intoxicadas que se machucam a si mesmas e a outros.
“Com o uso das SPAs (Substâncias Psicoativas) os acidentes de trabalho tornam-se mais prováveis, a produtividade do trabalhador diminui e o desempenho do funcionário tende a se tornar inconstante. Tudo isso põe em risco a vida do profissional e o emprego dele”, conclui o psicólogo Ueliton Pereira.