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Ambientoterapia, o sujeito e a ambiência terapêutica

Acolher e tratar o paciente visando sua recuperação enquanto indivíduo, e não apenas sua doença. O projeto técnico da Holiste objetiva tratar o transtorno mental a partir de um contexto ambiental que promova o desenvolvimento psicossocial do paciente.

O tratamento de transtornos mentais, em geral, pretende cuidar dos indivíduos com sofrimento psíquico sem ocupar-se somente daquilo que pode ser considerado uma doença. Assim, o objetivo é atender essas pessoas em sua individualidade e em sua relação com o meio social. Nos últimos anos, nota-se um grande esforço em humanizar o tratamento em saúde mental, na tentativa de melhor acolher os pacientes e promover o seu bem estar. A Ambientoterapia vai além da simples humanização em voga, colocando a relação entre o sujeito e o ambiente no qual está inserido em outro patamar, possibilitando que esta interação promova o seu crescimento e desenvolvimento pessoal.

De acordo com a Diretora técnica da Holiste, a enfermeira psiquiátrica Sandra Simon Siqueira, “É importante frisar que a Ambientoterapia não é a mera formatação de um espaço físico agradável. O conceito deve ser entendido como a manutenção de uma ambiência terapêutica saudável, onde todos os componentes nela inseridos, como pacientes, médicos, terapeutas, enfermeiros espaço físico e valores institucionais, permitem e viabilizam uma relação de troca e aprendizado”. Por isso, segundo Sandra, é importante olhar para a pessoa como um todo, contextualizar sua doença, valorizar suas vivências e estimular seu crescimento pessoal. É aí que entra a AMBIENTOTERAPIA, uma técnica de vivência institucional que, além de impedir as distorções de uma hospitalização mal feita, contribui para a psicoeducação do paciente, aumentando suas chances de controle sobre a doença.

Técnica que compreende todos os elementos da instituição que tenham algum impacto sobre o paciente, a AMBIENTOTERAPIA valoriza as relações pessoais, entendidas no que a psicanálise chama de aspectos transferenciais e contra transferenciais, entre pacientes, terapeutas e o conjunto dos profissionais que formam a instituição. Nesse cenário, que também envolve a estrutura física do local, a internação na HOLISTE tem como um importante diferencial a busca por restituir a liberdade psíquica das pessoas, não se confundindo com mero procedimento autoritário de privação de liberdade: “Na verdade, a AMBIENTOTERAPIA é um conceito antigo que estamos revitalizando, porque ele vai muito além da mera humanização politicamente correta dos hospitais e torna a internação psiquiátrica um instrumento verdadeiramente terapêutico, afastando a imagem antiga do manicômio, do asilo ou do presídio.” esclarece Ueliton Pereira, psicólogo da Holiste.

Nova sede

O projeto da nova clínica da Holiste foi especialmente planejado a partir desse conceito, aplicado não só no funcionamento da instituição como também em sua estrutura física – engenharia e arquitetura – de modo a proporcionar qualidade de vida aos portadores de transtornos mentais e facilitar sua reinserção na sociedade.

A nova sede, considerada inovadora por ser, essencialmente, um espaço de convivência, valoriza muito esse aspecto, desde o prédio que abriga os consultórios até os espaços de internação. “A Holiste buscou a perfeição nessa construção e seu projeto arquitetônico foi pensado para suprir todas as demandas do projeto terapêutico. É uma estrutura que enche os olhos não apenas por sua grandiosidade, mas pela beleza e inovação do design, que deixa claro o uso da ambientoterapia em cada parte da construção. O espaço da internação, por exemplo, é absolutamente plano e foi projetado levando-se em consideração que o paciente psiquiátrico deve ter sua capacidade de locomoção facilitada naquele ambiente, aumentando sua sensação de segurança e liberdade”, afirma Sérgio Almeida, engenheiro responsável pela obra.

O engenheiro ainda destaca outros fatores importantes que nortearam a estruturação da nova clínica, como a privacidade dos consultórios. Todos eles foram revestidos com pele de vidro e climatizados, o que os tornam isolados acusticamente. Nesse ambiente, médico e paciente terão total privacidade e conforto. Essas e outras inovações foram projetadas para garantir um espaço de convivência, de retiro, de descanso emocional, mas com estrutura hospitalar psiquiátrica embutida, não perceptível, porém necessariamente presente.