O uso de terapias complementares é muito importante no tratamento dos transtornos mentais, servindo como complemento ao tratamento médico convencional, abordando pontos que, em outras práticas, poderiam ficar imersos na personalidade do indivíduo.

Arteterapia

Dentro das diversas atividades terapêuticas envolvidas no trabalho realizado na Holiste a arteterapia desempenha um papel fundamental na abordagem da subjetividade do paciente.  De maneira geral, arteterapia consiste no uso de recursos e expressões artísticas como elemento terapêutico, trazendo a possibilidade de desvelar coisas que, por muito tempo, podem permanecer ocultas no paciente, inviabilizando sua abordagem e tratamento.

Trabalhando a subjetividade

Élia Cardoso, arteterapeuta da Holiste, explica os benefícios e resultados proporcionados pela atividade: “A arteterapia trabalha, de forma lúdica, a subjetividade do paciente. Através das sessões e oficinas, a pessoa consegue expressar sentimentos os quais através da conversa, talvez ela não conseguisse. Independente da técnica utilizada (pinturas, recortes, desenho, esculturas, etc.), o processo criativo, imaginativo, traça um caminho diferente ao da lógica em nosso cérebro, permitindo que certos mecanismos de autocensura sejam “burlados”. Se um paciente, por exemplo, não se permite falar de determinado assunto com o seu psicoterapeuta ou psiquiatra, a expressão deste tema pode surgir no trabalho realizado na sessão de arteterapia, possibilitando a abordagem do problema e melhora do quadro”.

Trabalhando releituras de artistas famosos, a arteterapia também possibilita que os pacientes percebam, através da expressão do outro, que algumas inquietações e angústias são comuns ao ser humano e que a arte pode ser um meio de trabalhar estes sentimentos: “Recentemente fizemos releituras de artistas como Romero Brito e Volpi, com resultados bastante significativos. Este contato com a expressão do outro permite que o paciente entenda e conviva melhor com as suas angústias, externando estes pensamentos e sentimentos” – comenta a especialista.

Carnaval em foco

Quando alguma data festiva se aproxima, as sessões de arteterapia buscam produzir materiais que permitam aos pacientes estabelecer uma conexão com o que está acontecendo no meio social externo à clínica: “Agora, no Carnaval, realizamos oficinas para confecções de máscaras carnavalescas. Este trabalho com as máscaras, além de permitir que os pacientes reproduzam sua expressão pessoal na figura confeccionada, colocam-nos no contexto da cidade, da vida cotidiana, facilitando o seu relacionamento com o mundo externo”.

A atividade da confecção das máscaras carnavalescas fez parte de uma série de ações  realizadas na Holiste tendo como mote o carnaval.  As ações foram desenvolvidas pela equipe técnica como parte do tratamento dos nossos pacientes.   Saiba mais sobre O carnaval como ferramenta terapêutica. 

* Élia Cardoso, arteterapeuta, Pós Graduada em Psicanálise e Formada em Artes plásticas