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Atividade física no combate à depressão

Dados recentes revelam que a prática de atividades físicas pode ajudar no combate à depressão. A prática regular pode ter um efeito positivo na prevenção das crises.

A prática de esportes libera hormônios que aliviam os efeitos do estresse diário, muitas vezes o gatilho de uma crise depressiva. Para explicar o fato, Dr. André Gordilho, psiquiatra da Holiste, participou do programa Jornal da Manhã.

 

Assista a entrevista completa:

 

ESTRESSE LABORAL

A causa do estresse, muitas vezes, é desconhecida. Pode ser ocasionado por uma sensação de medo, desconforto, uma preocupação constante, irritabilidade intensa e por outros diversos motivos. O indivíduo pode desencadear estas sensações em diferentes situações do cotidiano, mas a atividade laboral aparece com grande destaque nos relatos dos pacientes que afirmam sofrer com o estresse: começar em um novo emprego, situações de conflito no ambiente de trabalho, metas inalcançáveis ou indefinidas aparecem como fatores estressores do humor: “O trabalho pode ser um fator estressor e desencadear um problema depressivo” – explica André Gordilho.

O estresse possui componentes físicos e psicológicos, que se desenvolvem em situações que representam um desafio para o indivíduo. Seus sintomas podem ter características somáticas ou psicológicas, apresentando algumas manifestações físicas como: doenças gastrointestinais, cardiovasculares, respiratórias e imunológicas. Pode desencadear, também, episódios de insônia, esquizofrenia, transtorno maníaco-depressivo e a depressão.

 

MULHERES X DEPRESSÃO

Alguns dados apontam que 20% das mulheres sofrem de episódios de depressão em algum momento na vida, enquanto entre os homens o índice é de 12%. Não existe um motivo definido para essa enorme diferença. Variações hormonais como o ciclo menstrual, a gravidez e a menopausa exercem forte influência sobre o quadro.

Contudo, a dupla jornada laboral da maioria das mulheres, dividida entre atividades domésticas e profissionais, pode ser um fator que contribui para o desencadeamento da doença. “A mulher é imbuída de vários papéis, mais do que os homens, e isso pode ser um fator que ativa uma predisposição que ela já venha a ter. A atividade física vai melhorar não só a sua parte física como a sua autoestima, e vai liberar os neurotransmissores que são responsáveis pelo bem-estar” – aponta o psiquiatra.

 

ATIVIDADE FÍSICA COMO PARTE DO TRATAMENTO

É importante lembrar que quando o indivíduo está num quadro agudo de depressão ele não consegue desenvolver nada, não consegue praticar esportes ou qualquer outra atividade que, normalmente, lhe traria prazer. Estes casos necessitam de uma abordagem mais focada no tratamento medicamentoso e na psicoterapia, para que o paciente consiga sair da crise. Porém, na fase de manutenção da doença, a prática de uma atividade física permite que esse paciente possa prevenir novas recaídas, além de melhorar a parte cardiovascular e respiratória, proporcionando uma maior sensação de bem-estar e protegendo-o de novos episódios. “O tratamento da depressão passa pela parte medicamentosa, psicoterapêutica e por outros complementares, que podem ser, por exemplo, a atividade física, pois ela libera neurotransmissores como: endorfina, serotonina, que são responsáveis pelo bem-estar” – aponta Gordilho.

 

DESÂNIMO E ISOLAMENTO SOCIAL

A falta de ânimo para realizar atividades físicas e o isolamento social são características do indivíduo depressivo. Segundo o psiquiatra “Quando você está deprimido, muitas vezes está sem aquela energia vital, sem aquela força. Então você não consegue fazer com que o paciente saia da cama e as vezes forçar isso é prejudicial. Porém, depois que ele começa a melhorar, o estímulo a uma atividade física é fundamental, e no caso do trabalho, se você faz uma atividade física prévia você pode estar agindo para prevenir o estresse e consequentemente o gatilho para um episódio depressivo”.

 

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