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Dia Mundial do Transtorno Bipolar é comemorado no próximo domingo

Psiquiatra explica o que é o transtorno e as características da doença

No próximo domingo, 30 de março, será o lançamento do ano inaugural do Dia Mundial do Transtorno Bipolar, data nascida por meio das instituições Asian Network of Bipolar Disorder (ANBD), Fundação Internacional Bipolar (IBPF) e Internacional Society for Bipolar Disordes Bipolar (ISBD). O objetivo do Dia Mundial Bipolar é levar informação a população mundial sobre o transtorno, a fim de educar e desmistificar a doença. Mas, você sabe o que é o Transtorno Bipolar e quais são suas características principais?

De acordo com a médica psiquiatra e mestre em Neurociências, Fabiana Nery, o Transtorno Afetivo Bipolar é uma doença psiquiátrica que é caracterizada por episódios de humor e depressão. “São diferentes tipos de episódios, podendo ser depressivos, eufóricos, além de episódios que são uma confluência de sintomas depressivos e eufóricos, que é conhecido como estado misto. Esses episódios não são do dia para a noite, eles tem uma duração de dias, semanas e até meses”, explica Nery.

Segundo a profissional, é comum que o transtorno apareça no início da vida adulta, daí a importância de se diferenciar os sintomas do transtorno dos do comportamento típico da idade. “Uma coisa importante é observar o que é reação, o que é um comportamento baseado em algo que esteja acontecendo no meio ambiente e o que é um transtorno que realmente deve ter atenção médica. Dois fatores que teriam que ter uma atenção especifica: a intensidade da reação que está acontecendo, se é uma reação não esperada ou fora do padrão de funcionamento daquele indivíduo, e o grau de prejuízo que aquele tipo de reação está tendo”, explica a profissional, observando que cabe uma avaliação quando este paciente começa a apresentar prejuízo funcional, familiar, isolamento ou ter um comportamento diferente e que extrapola ao que é esperado para alguma situação.

Apesar de ser uma doença crônica, a profissional explica que é possível se levar uma vida normal mediante tratamento. “O paciente que faz uso regular de medicação e do acompanhamento psiquiátrico adequado consegue ter uma vida normal, porque ele se torna assintomático, então não vai haver nenhum resquício da doença ou nenhum tipo de sintoma que atrapalhe o paciente nas suas atividades normais e na sua vida família”, porém ela explica que o contrário também é verdadeiro, ou seja, o paciente que não faz o acompanhamento, uso regular de medicação ou que não está sendo bem acompanhado, pode apresentar prejuízos significativos nessas mesmas esferas.

Nery explica ainda que a família é fundamental durante todo o processo, pois muitas vezes no seu episódio mais agudo, o paciente não tem a condição de crítica em relação aos seus sintomas.