Pesquisa feita com ratos apontou que problema muda a composição das células do cérebro.
EUA – Um novo estudo publicado na revista Nature verificou que o estresse pode contribuir para mudanças na composição das células do cérebro de ratos, aumentando sua vulnerabilidade à doenças mentais. Os resultado, segundo os pesquisadores, deverá intensificar o surgimento de novos métodos terapêuticos para diminuir o risco de danos à saúde da mente após um evento estressante.
A novidade pode configurar – ainda que apenas em ratos, inicialmente – um novo fator de risco para o problema, que já é conhecido por oferecer danos ao humor e causar transtornos de ansiedade, como a depressão.
Embora em condições de estresse o estudo tenha enxergado uma quantidade de oligodendrócitos (substância branca gordurosa que isola as células nervosas) em níveis proporcionais ao encontrado em ocasião de dano mental, os mecanismos que levaram a esse estágio ainda não foram bem compreendidos pelos envolvidos no trabalho.
Os cientistas Daniela Kaufer, Sundari Chetty e Aaron Friedman também mostraram que em ratos adultos, o estresse diminuiu a geração de novos neurônios de Células Estaminais Neurais (NSC, na sigla em inglês), enquanto o aumentou a produção de oligodendrócitos no hipocampo (região do cérebro que está envolvido na regulação da memória e da emoção). Também concluiu-se que os hormônios do estresse, como o cortisol, induzem diretamente a produção de oligodendrócitos.
Os autores observaram que toda esta alteração pode afetar a cognição, reduzindo o número de conexões neurais.
FONTE – O Globo