Também associado a distúrbios psicológicos como estresse e depressão, a sensação contínua de fadiga também pode estar ligada a fatores menos perceptíveis como carências nutricionais, sono inadequado e problemas hormonais. Dra. Fabiana Nery e Joyce Souza, psiquiatra e nutricionista da Holiste, falaram sobre o assunto no jornal Correio.
Festejos juninos chegaram ao fim e, com o Inverno, o tempo mais friozinho e a chuva, é natural uma vontade maior de ficar na cama, uma certa preguiça para encarar a academia e a indisposição para as tarefas do cotidiano. O problema é quando a desmotivação passa a impactar as atividades diárias e retira toda a disposição para se movimentar.
De acordo com a psiquiatra Fabiana Nery, o cansaço e a fadiga possuem sintomas extremamente parecidos. “No entanto, quando esse esgotamento surge sem nenhuma razão aparente e permanece mesmo após o descanso, vale a pena verificar o que está por trás dessa situação”, orienta a médica.
Ela lembra que um corpo hidratado e alimentado, dificilmente estará fadigado, a menos que haja deficiência de minerais e vitaminas e um quadro de anemia. “No entanto, é importante salientar que a fadiga pode estar associada aos distúrbios psicológicos como o estresse e a depressão e, nessas situações, a falta de disposição sempre vem associada às alterações no sono, perda de apetite, falta de prazer em atividades que antes traziam satisfação, mudança de comportamento”, lembra.
DIETA CERTA TRAZ ENERGIA
Rotuladas como vilãs, as gorduras também são indispensáveis, mesmo nas dietas de perda de peso. Além de serem outra fonte importante de energia para o corpo, algumas vitaminas dependem da presença de lipídeos para ser absorvidas pelo organismo.
A nutricionista Joyce Souza lembra que a alimentação precisa ser vista de modo mais responsável, uma vez que ela é fundamental para a oferta de energia para o corpo. “O cansaço e a fadiga podem ser evitados com uma dieta à base de alimentos ricos em vitaminas C, D e E, além de caboidratos complexos, como as raízes (batata doce, aipim e inhame)”, ensina a nutricionista da Holiste, lembrando que comer a cada três horas também é um bom aliado contra a fadiga e ainda ajuda a emagrecer. “O que as pessoas realmente devem evitar são as dietas muito restritivas que só favorecem a perda de peso enquanto ela é feita, mas promovem a perda de nutrientes e de massa magra”, completa.
Ela diz ainda que uma alimentação ideal, que não vai comprometer o peso e, de quebra, ainda dará uma energia extra, prioriza alimentos complexos como os integrais, as saladas com verduras e folhosos e não abre mão de alimentos ricos em selênio e magnésio, a exemplo das castanhas, couve manteiga, brócolis, amêndoas e nozes. “É importante salientar que fibras e as frutas devem ser priorizadas, pois elas ajudam a limpar o organismo de toxinas e favorecem o funcionamento do intestino que, por sua vez, faz o trabalho de depurar as impurezas, facilitando a absorção de nutrientes”, esclarece. Quem malha não pode abrir mão das proteínas, que são elementos construtores de fibras musculares. “Vale priorizar o frango, peixe, queijo e, se possível for, vale evitar as carnes vermelhas e as leguminosas à noite”, finaliza.