Comportamentos dependentes estão relacionados a transtornos complexos que, em maior ou menor grau, trazem prejuízos para o indivíduo e para as pessoas ao seu redor – desde reações precipitadas a condutas que coloquem a vida em risco.
O psiquiatra Luiz Guimarães e psicólogo Pablo Sauce irão discutir o tema “Comportamentos Dependentes” na próxima edição Encontros Holiste, que acontece no dia 21 de novembro.
O evento é gratuito – voltado para familiares e cuidadores de pessoas com transtornos mentais – e acontece no dia 21 de novembro, às 19h, no auditório da Holiste (Pituaçu). Vagas Limitadas, inscreva-se no site encontros.holiste.com.br
UMA RELAÇÃO CRESCENTE
Os comportamentos dependentes se multiplicam a partir de uma série de fatores, passando por uma predisposição genética, processos socioculturais, vulnerabilidades psicológicas, etc. No geral, os comportamentos dependentes, em suas diferentes intensidades, estão associados ao uso de drogas lícitas ou ilícitas, mas também podem ter como objeto: jogos, compras, sexo compulsivo, prática de exercícios e até comida.
Dr. Guimarães irá abortar a questão através de 03 dimensões: IMPULSIVIDADE, COMPULSÕES E DEPENDÊNCIAS.
“Muito se fala sobre as dependências químicas – álcool e drogas -, mas essas são apenas algumas das facetas dos comportamentos dependentes. Além disso, é preciso entender que o problema não é determinada substância, ele está relacionado ao mecanismo de recompensa do cérebro, que reforça um comportamento. É daí que surgem as inadequações para lidar com as “normas sociais”, as reações impulsivas, as compulsões, as dependências – com uso de substâncias ou não – e os comportamentos se tornam patológicos”, provoca o psiquiatra.
SAIBA MAIS SOBRE COMPORTAMENTO DEPENDENTE
REDE DE APOIO
“QUAL O PAPEL DA FAMÍLIA NO TRATAMENTO?” é o tema da palestra do psicólogo Pablo Sauce, coordenador do Programa de Dependência Química da Holiste.
“Na maioria dos casos, quem procura pelo tratamento é a família, seja de forma direta ou indireta, pressionando o dependente a tomar uma atitude que este não consegue por si mesmo.
A família tende a ficar refém da situação, sendo levada a ocupar o lugar de cúmplice ou de empecilho. No primeiro caso, produzindo um estreitamento do vínculo conhecido como co-dependência; no segundo, um afastamento vincular que leva ao isolamento. Esses dois aspectos vinculares – aparentemente contraditórios, para os quais a família é convocada – não necessariamente se excluem, quando se intercalam. Como lidar com essa encruzilhada será o tema de nosso encontro”, convida Pablo Sauce.