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MANEJO DA DEPRESSÃO NO IDOSO

Na edição de outubro do Desafios do Envelhecimento, o psiquiatra André Gordilho falou sobre o tratamento do quadro da depressão resistente no idoso e da importância do diagnóstico correto.

Com o envelhecimento populacional, o número de transtornos mentais relacionados ao processo de envelhecimento tende a aumentar, como a depressão no idoso. Em 2020, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, com uma população estimada em 30 milhões de indivíduos.

André Gordilho afirma que apesar do envelhecimento, o idoso pode manter-se saudável e ter uma vida com qualidade.

“É preciso se preparar para lidar com essa realidade do envelhecimento da população. Com a evolução da farmacologia os pacientes de hoje podem ter uma vida mais longa, e é importante lembrar que é possível envelhecer bem”, afirma o psiquiatra.

Assista à palestra completa:

Depressão no idoso

Nos idosos, a depressão adquire alguns aspectos diferentes daqueles presentes em depressão clássica. Isso porque o idoso possui características fisiológicas que o diferem do adulto.

O psiquiatra explica que, quando associada ao processo de envelhecimento, a depressão pode ganhar disfarces clínicos como dores pelo corpo, fadiga e isolamento – o que pode esconder a raiz da doença.

“São comuns as queixas cognitivas e as manifestações somáticas, ao invés das queixas clássicas de tristeza e desânimo. Às vezes ele se queixa de dores, que ninguém dá atenção a ele… a gente precisa ficar atento se o idoso sempre foi assim ou se começou a mudar com o decorrer dos anos”, destaca Gordilho.

Desafios do envelhecimento

O envelhecimento traz consigo alguns desafios adaptativos, como o luto das perdas afetivas, declínio do status social, perda da vida social e limitações físicas relacionadas à idade.

André aponta que “algumas coisas vão mudando e a gente precisa entender que elas são assim, e isso não tem que levar o idoso a pensar que a vida acabou simplesmente porque ele tem essas limitações que a idade coloca”.

Outra queixa recorrente dos idosos é a sensação de solidão. Esse fator pode ser visto como a consequência de perdas significativas. “Não é a quantidade de vezes que você vê o idoso, mas a expectativa que ele faz daquilo. Às vezes a expectativa dele é maior, e se recebe algo menor ele se sente só. Essa sensação pode levar ao desenvolvimento de quadros depressivos no idoso”, finaliza o psiquiatra André Gordilho.