– Problema causa divisão celular incorreta, com número errado de cromossomos, o que encoraja o desenvolvimento de placas de beta amiloide no cérebro;
– Pesquisa se baseou em estudos sobre Síndrome de Down e na rara doença de Niemann Pick-C, que tem como característica a dificuldade de metabolismo de moléculas de gordura;
– O estudo foi publicado na revista on-line PLOS ONE;
NOVA YORK – Uma nova pesquisa afirma que o colesterol alto não é só ruim para o coração, também pode desenvolver demência. Com base em estudos de Síndrome de Down e doença de Niemann Pick-C (condição genética hereditária rara, na qual as pessoas não conseguem metabolizar o colesterol e outras moléculas de gordura nas células) o estudo da Universidade do Colorado e do Instituto Linda Crnic descobriu que o colesterol alto bagunça o processo de divisão celular, causando uma divisão incorreta e distribuindo os cromossomos duplicados inadequadamente.
O resultado é o acúmulo de células defeituosas que carregam três cópias do cromossomo associado à proteína amiloide, que forma as placas características do mal de Alzheimer. O estudo foi publicado na revista on-line PLOS ONE.
Pesquisas anteriores já tinham descoberto que pessoas com colesterol alto, definido por mais de 5,8mg/dl tinham mais placas no cérebro que aquelas com nível de colesterol baixo ou normal. Um total de 86% das pessoas com colesterol alto tinha, também, placas no cérebro, comparadas a 62% das pessoas com colesterol baixo segundo pesquisa da Universidade japonesa Kyushu.
Através de autópsias, eles buscaram placas e emaranhados no cérebro, ambos conhecidos como marcadores para a doença de Alzheimer.As placas são um acúmulo de uma forma da proteína amiloide que ocorre entre as células nervosas. Emaranhados são o acúmulo de uma proteína diferente, chamada tau, dentro das células nervosas. Enquanto o estudo não descobriu nenhuma relação entre o colesterol alto e os emaranhados, houve uma relação definitiva com as placas.
FONTE – O Globo