Com a descoberta, já são 22 variações genéticas relacionadas à doença. Pesquisadores esperam que achado ajude a desenvolver novos remédios.
O maior estudo genético sobre o Alzheimer feito até hoje identificou onze novos genes associados ao surgimento da doença. Com a descoberta, dobrou o número de genes relacionados à condição conhecidos pelos cientistas. Os resultados podem ajudar no desenvolvimento de remédios que previnam e tratem a enfermidade, acreditam os responsáveis pela pesquisa.
Até 2009, apenas um gene associado ao Alzheimer havia sido identificado. Desde então, e até a publicação desta nova pesquisa,haviam sido identificados outros dez. Segundo os autores do estudo, a descoberta fornece informações importantes sobre os mecanismos envolvidos no surgimento e progressão da doença. Uma variação no SORL1, um dos genes identificados pelo novo trabalho, por exemplo, parece ter um papel importante no acúmulo acima do normal da proteína amiloide no cérebro, que é uma das características da doença.
O novo estudo foi desenvolvido pelo Projeto Internacional do Genoma do Alzheimer (IGAP, na sigla em inglês), que faz parte do Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, e reúne especialistas americanos e ingleses. As conclusões, publicadas neste domingo na revista Nature Genetics, foram obtidas a partir da análise do DNA de mais de 74 000 voluntários de quinze países.
Além de identificar onze genes relacionados à moléstia, a pesquisa também destacou outras treze variações genéticas que também podem estar associadas ao Alzheimer. “O Alzheimer é uma doença complexa, por isso mais estudos são necessários para determinar o papel que cada um desses fatores genéticos pode desempenhar”, diz Gerard Schellenberg, pesquisador da Universidade da Pensilvânia e um dos colaboradores do trabalho.
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