Pacientes em estado grave costumam recusar ajuda especializada. Muitas vezes não percebem a doença, outras vezes estão agitados ou prisioneiros de impulsos patológicos. Se deixados à própria sorte, causarão prejuízos a si e/ou a terceiros, inclusive com danos à vida.
Nesses casos em que a internação se impõe à revelia da vontade do doente, a equipe de resgate faz a abordagem em domicílio a fim de conduzi-lo ao Espaço Holos. Ela é comandada por um médico psiquiatra e conta com técnicos de enfermagem, profissionais de apoio e motorista. A ambulância é equipada com aparelhos de suporte básico como oxigênio e medicamentos de emergência. Em caso de resistência física, ele será cuidadosamente contido, sedado e transportado na ambulância.
O resgate psiquiátrico é um ato médico especializado e somente será indicado e realizado pelo psiquiatra. Podem acontecer situações em que, ao examinar o paciente, o médico opte por não fazê-lo e prefira outras condutas. Esse procedimento não é feito em via pública nem em situações de risco para a equipe ou paciente como, por exemplo, quando há possibilidade de acesso a armas. A presença de um familiar ou responsável durante o resgate é imprescindível para que ele tenha legitimidade e caráter terapêutico.
Para maior segurança e êxito do procedimento devem ser evitados improvisos e atitudes intempestivas. O desejável é a realização de um resgate planejado com antecedência, entre psiquiatra e familiares.
