Os psicofármacos têm controle especial por balancearem ou modificarem o funcionamento do sistema nervoso central. A maior parte deles já está há mais de cinco anos no mercado, o que nos fornece ainda mais segurança sobre seus efeitos a longo prazo. Quando prescritos com coerência e adequação de doses, geralmente não é necessário mais que a avaliação esporádica das funções dos órgãos que os metaboliza, como as funções hepática e renal. Em alguns casos, é preciso controlar a interação de uma medicação com as outras, com a dieta ou realizar dosagens laboratoriais de níveis séricos. Muitas vezes, ao ler a bula de um medicamento de controle especial, o paciente se depara com uma imensa lista de efeitos colaterais, muitos deles assustadores. Isso acontece porque mesmo os casos raros de reações indesejáveis têm de ser noticiados como forma de garantia jurídica para o laboratório fabricante do produto.
O objetivo básico de qualquer médico ao prescrever um remédio é aumentar ou melhorar a qualidade de vida do paciente e nunca causar mais prejuízo. Na idade média, na antiguidade e na pré-história, a média de vida de um homem não passava dos 25 anos, e ainda assim, pelos escassos recursos sanitários e medicinais existentes, com péssima qualidade. Após a segunda metade do século dezenove, com o avanço da ciência, agricultura, instituições políticas e educação populacional, conseguimos viver mais e melhor. Portanto, recursos como água potável, esgotamento sanitário, uso de óculos, dieta saudável, campanhas de vacinação em massa e medicação para controle de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e bipolaridade não devem ser desprezados como se fossem simples artifícios da vida urbana contemporânea.