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SUICÍDIO INFANTOJUVENIL | PALESTRA COLÉGIO MILITAR DE SALVADOR

suicídio infantojuvenil

O suicídio infantojuvenil cresce a cada ano. Pais e educadores registram que fenômenos midiáticos como Os 13 Porquês e Baleia Azul impulsionaram a ocorrência entre os jovens.

Para abordar o tema e levar informação aos estudantes do CMS, Nadja Pinho, psicopedagoga do Núcleo Infantojuvenil da Holiste, participou da Semana de Valorização da Vida, uma iniciativa do CMS que tem o objetivo de abordar o tema de maneira clara e aberta, debatendo pontos importantes que auxiliam na prevenção do suicídio infantojuvenil.
 

ADOLESCÊNCIA: UMA FASE DE GRANDES TRANSFORMAÇÕES

A maior parte das tentativas de suicídio infantojuvenil está concentrada na adolescência. Não à toa, esse é um momento da vida onde atravessamos grandes transformações: nosso corpo passa a produzir uma maior quantidade de hormônios, temos nossos primeiros relacionamentos amorosos, a carga de estudos começa a ficar maior e as cobranças também. Além disso, o jovem sente a necessidade de pertencer a um grupo de se sentir querido, de desenvolver a sua identidade.

“É uma fase de muitas descobertas, de muita experimentação. Além das mudanças naturais do corpo e do comportamento, é nesse momento que alguns jovens irão experimentar drogas pela primeira vez (licitas ou ilícitas), que terão suas primeiras relações sexuais. Portanto, é muito importante que os pais estejam presentes, não somente no papel de repressores desses comportamentos, mas como alguém que está ali para dar suporte ao jovem, que está disponível para ouvir suas demandas e ajuda-lo a tomar suas decisões.

É um momento para se estar próximo ao jovem, e ficar somente no embate direto pode afastar esse adolescente dos pais. Manter o canal do diálogo aberto é muito importante para saber o que se passa com esse jovem, sem perder a autoridade e a figura de referência” – afirma a especialista.
 

REBELDIA OU TRANSTORNO MENTAL?

Comportamentos rebeldes são comuns nessa fase da vida. Esse é um momento de ruptura na relação com os pais, pois o jovem está formando sua própria personalidade. Essa ruptura muitas vezes se exprime através de uma rebeldia natural da adolescência, que na maioria dos casos não demanda maiores cuidados pro parte dos pais.

Mas, alguns casos fogem da normalidade e acarretam prejuízo à vida desse jovem. Notas muito baixas, isolamento social, falta de amigos, comportamentos delinquentes como envolvimento em brigas e abuso de drogas podem ser sinais de que algo não vai bem com esse adolescente.

“Quando alguns comportamentos ultrapassam o limite da normalidade, começando a causar prejuízos mais sérios na vida do adolescente, é o momento da família ou mesmo a escola procurar ajuda. É muito comum existir um transtorno mental por trás desses acontecimentos, que passa despercebido por se confundir com os outros comportamentos da adolescência. A elaboração de um diagnóstico e plano de tratamento por um profissional especializado, o quanto antes, aumenta muito as chances de sucesso do tratamento e controle da doença” – pontua Nadja.
 

PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Apesar de nunca termos a certeza de quando um jovem cometerá o ato, é possível prevenir o suicídio infantojuvenil. A criança ou o adolescente sempre dá sinais de que algo não vai bem, de que existe um sofrimento profundo que precisa de atenção e cuidado. Se a família e outras pessoas próximas identificam corretamente esses sinais, buscando ajuda especializada, as chances de evitar que o jovem cometa o ato são muito altas.

O tratamento vai variar de acordo com o transtorno mental que está desencadeando a ideação suicida: pode ser uma depressão, um episódio de transtorno bipolar, uma esquizofrenia, etc. Mas, em todos os casos, a abordagem inclui o acompanhamento psiquiátrico e a utilização de medicações, bem como sessões de psicoterapia e outras atividades terapêuticas.

Amplificar o diálogo sobre o tema, de forma educativa, mostrando ao adolescente que ele não está sozinho nem é o único a ter esses pensamentos, que esse é um assunto sério e que ele pode pedir ajuda para tratar aquela dor também é muito importante para a prevenção do suicídio. Por isso, desde de 2014, é realizado o Setembro Amarelo, uma campanha de conscientização sobre o suicídio em todo o Brasil A Holiste participa da iniciativa realizando palestras, distribuindo materiais informativos e participando de debates e entrevistas sobre o tema. Esse ano, no dia 12 de setembro, a psiquiatra Fabiana Nery e a psicóloga Ethel Poll abordarão o tema na próxima edição do Encontros Holiste, inciativa que tem o objetivo de levar informação sobre Saúde Mental para o grande público. As inscrições são gratuitas, até esgotar a lotação.
 

FALANDO SOBRE SAÚDE MENTAL

Essa ação faz parte do projeto Falando Sobre Saúde Mental, que tem o objetivo de levar informação sobre saúde mental para empresas, escolas, instituições públicas e outras instituições, reduzindo o estigma que existe em torno do tema. Nossa equipe multidisciplinar realiza palestras, mesas redondas, oficinas e capacitações relacionadas às doenças mentais, suas características, causas, tratamento e formas de prevenção.