Em entrevista à Band News, o psiquiatra e diretor clínico da Holiste, Luiz Fernando Pedroso, fala sobre as dificuldades em acessar medicações controladas através da receita digital.
A Telemedicina é uma prática que tem sido realizada em todo o mundo já há algum tempo. Aqui no Brasil, sua regulamentação só saiu em resposta à pandemia da Covid-19, como mais uma ferramenta para conter o avanço do vírus.
Desde então, o atendimento médico à distância ganhou força, mas ainda existem dúvidas sobre a prescrição médica, em especial para pacientes que utilizam medicamentos controlados. Luiz Fernando acredita que a receita digital deveria ser usada com mais abrangência, estendendo sua aplicação aos receituários azul e amarelo.
“É um receituário importante para a psiquiatria. E estamos numa situação dividida: passa o receituário branco por via eletrônica, e o paciente tem que vir à clínica buscar a receita azul ou amarela. Não faz sentido!”, critica o diretor clínico da Holiste.
Confira a entrevista completa:
Tecnologia para atendimento médico
No atendimento médico à distância, tudo acontece mais ou menos como um atendimento presencial, com os devidos registros clínicos em prontuário eletrônico, inclusive as prescrições de medicamentos.
Para isso, é necessário a tecnologia adequada além da assinatura com certificação digital do médico, imprescindível para a validação da receita médica.
O diretor clínico da Holiste destaca que o uso das tecnologias é essencial para levar o atendimento especializado a pessoas que estão distantes do consultório, principalmente nesses momentos de crise:
“Não se entende porque o uso dessa tecnologia não era permitido aqui no Brasil. Nessa hora de crise da saúde esses recursos são essenciais, e fora da crise continuam sendo importantes e necessários para melhorar a prática da saúde”, enfatiza Luiz Fernando Pedroso.
Como funciona a receita digital?
Após o atendimento, o médico faz a prescrição com a sua assinatura digital certificada. A receita é enviada ao paciente, que pode procurar a farmácia de sua preferência que já aceite essa modalidade. Todo o processo é bastante prático e seguro para pacientes e médicos.
É importante frisar que cada farmácia tem o seu procedimento administrativo para recebimento da receita digital, e cabe ao paciente verificar com determinado estabelecimento a forma correta de enviar o documento.