A ocorrência de sintomas físicos sem uma lesão correspondente ou sem uma coerência sindrômica estabelecida pode mobilizar sentimentos contraproducentes de desconfiança e frustração nos outros. Daí a necessidade de um melhor conhecimento das condições nas quais ocorrem.
Nos Transtornos Somatoformes e Dissociativos, eles decorrem da angústia produzida por conflitos psíquicos. São as manifestações psicossomáticas, cuja motivação e produção dos sintomas são inconscientes e involuntárias.
Nos Transtornos Factícios, os sintomas também decorrem da angústia produzida por conflitos psíquicos. A diferença é que, embora a motivação seja inconsciente, os sintomas são produzidos de forma consciente e voluntária com o objetivo de angariar cuidados e chamar atenção. Esses casos são graves, de difícil manejo e a simples confrontação do indivíduo com a “falsidade” dos seus sintomas é geralmente contraproducente e o induz a abandonar o tratamento.
Na Simulação, tanto a motivação quanto a produção dos sintomas são conscientes e voluntários. O objetivo é sempre palpável e material: aposentadoria, licenças, indenizações, cuidados de terceiros, bens, etc. Ocorre com frequência em pacientes com Transtorno de Personalidade Antissocial, mas pode ocorrer também por oportunismo na maior parte dos indivíduos.