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NOTÍCIAS - Tratamento para TDAH desacelera o crescimento na puberdade, diz estudo

O ganho de peso e o aumento da altura de jovens que fizeram uso de medicamentos estimulantes parecem ser menores do que os de adolescentes da mesma idade que não tomaram os remédios.

Um estudo realizado na Universidade de Sydney, na Austrália, descobriu que o tratamento prolongado com remédios contra o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) pode diminuir a taxa de crescimento de adolescentes durante a puberdade. No entanto, segundo os autores, isso não significa que os adolescentes não conseguirão alcançar tamanho e peso normais na idade adulta. Os resultados foram publicados nesta semana no periódicoThe Medical Journal of Australia.

A equipe de pesquisadores, coordenada por  Alison Poulton, se baseou nos dados de 65 jovens de 12 a 15 anos da idade que já haviam sido submetidos ao tratamento contra TDAH com medicamentos estimulantes durante uma média de 6,3 anos. Os pesquisadores também levaram em consideração as informações de outros 174 adolescentes que nunca haviam feito uso desse tipo de remédio.

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De acordo com o estudo, a média da taxa de desenvolvimento físico (altura e peso) dos jovens antes de uma parte deles iniciar o tratamento contra TDAH não apresentou diferenças. No entanto, a pesquisa concluiu que adolescentes de 12 a 13 anos que fizeram o uso dos medicamentos estimulantes por mais de três anos cresceram três centímetros menos do que a média para essa fase da vida. Além disso, os participantes de 14 a 15 anos cresceram menos e ganharam menos peso do que a média para a faixa etária.

Para Alison, os médicos deveriam tomar cuidado com a dose dos remédios na hora de receitar um tratamento a um jovem com TDAH para evitar ao máximo um efeito negativo no desenvolvimento juvenil. A pesquisadora reforça ainda que, embora o crescimento dos adolescentes tratados contra o transtorno possa ser menor na puberdade, outros estudos já mostraram que esses indivíduos são capazes de atingir peso e altura semelhantes a de seus pais e irmãos na idade adulta.

 

FONTE – Revista Veja