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Radicalismo Político e Transtornos Mentais | Vídeo Ciclo de Palestras

Luiz Fernando Pedroso, psiquiatra e diretor clínico da Holiste, falou sobre a forte relação entre o radicalismo político e os transtornos mentais, e o fato desta relação muitas vezes ser negligenciada no debate sobre episódios de atentados e suicídios.

“Me causa muita perplexidade quando vejo notícias na mídia de comportamentos políticos radicais, de pessoas que se explodiram para matar outros ou subiu no telhado atirou em metade da escola, e a mídia tenta explicar em termos de conflitos políticos, lutas ideológicas, manifestações de pensamento de direita ou esquerda.  E vejo uma grande omissão que é a doença mental”.

A palestra foi realizada durante o 3º Evento do Ciclo de Palestras Holiste, em novembro de 2016.  Assista o vídeo completo.

 

 

A DOENÇA MENTAL SUBESTIMADA

“A doença mental está por trás de muitos comportamentos sociais e ela não está sendo falada na proporção dos problemas causados”, alerta o psiquiatra ao associar os transtornos mentais ao comportamentos de crianças com dificuldades escolares, crianças que praticam ou sofrem bulling severo, adolescentes problemáticos com comportamentos delinquenciais, dependentes químicos, boa parte dos moradores de rua ou casos de crimes passionais motivados por ciúmes patológicos.

Luiz Fernando Pedroso destaca que nos atentados que objetivam um grande número de mortes, o que mais deveria chamar atenção é a loucura do ato em si e não as motivações políticas ou ideológicas.

“Para o psiquiatra, o suicídio é antes de tudo um ato de loucura.   Mesmo o suicídio “altruísta”, aquele vinculado e motivado por valores sociais e culturais, tem sempre a questão do porquê aquele individuo foi o escolhido.  O que nos leva a pensar nas questões de dinâmica de grupo.  Como o grupo escolhe seus mártires ou suas vítimas.   O grupo vai escolher para sacrificar, de alguma forma, os mais vulneráveis”, explica o psiquiatra.