Quando se fala em alcoolismo, um dos grandes desafios no tratamento dos portadores dessa doença, é identificar e admitir que há um problema. A linha entre apreciar e beber em excesso pode parecer tênue quando se trata de uma substância amplamente utilizada para entretenimento. Porém, existem sinais que podem indicar se a pessoa precisa de ajuda especializada.
Este foi o tema da entrevista do psiquiatra da Holiste André Gordilho ao Jornal da manhã, exibido pela TV Bahia.
Assista ao vídeo completo.
Álcool: uma droga legal e socialmente aceita
O álcool é uma droga lícita, propagada e usada por muitos até mesmo como ferramenta de aceitação e desinibição. Com alta penetração social, o álcool torna-se perigoso se não consumido com cautela e prudência, podendo levar o indivíduo a dependência química.
O alcoolismo é uma patologia crônica, responsável por 3,3 milhões de mortes todos os anos no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). As consequências da doença são graves, podendo causar inúmeras patologias consequentes tais como: cirrose e outras doenças do fígado, depressão, tremores e etc.
“O paciente pode desenvolver tolerância, precisando de uma quantidade cada vez maior da bebida para sentir os efeitos que ele busca. Às vezes ocorrem sintomas físicos, como insônia, irritabilidade, e outros sintomas de abstinência”, completa André Gordilho.
Identificando os Sinais
Alguns sinais são característicos para identificar quando o “beber socialmente” passa a ser considerado como doença. São eles: a resistência a bebida, ou seja, as pequenas doses que antes deixavam o indivíduo animado já não fazem o mesmo efeito e são necessários doses cada vez maiores; e a frequência, que é justamente a quantidade de vezes que o indivíduo faz uso da substância, interferindo na sua rotina.
“É preciso ter atenção ao histórico do paciente. Normalmente a pessoa começa a estreitar o intervalo dos dias em que bebe, passando a consumir álcool de forma cada vez mais frequente. Também pode passar a ter comportamentos inadequados, como beber em locais em que não deveria, como no trabalho”, alerta o psiquiatra sobre a caracterização do diagnóstico de alcoolismo.
O Tratamento do alcoolismo
O tratamento da dependência química possui algumas características particulares, visto que o paciente necessita de um programa especifico para o tratamento.
Quatro perspectivas são trabalhadas: Medicação, Abstinência, Psicoeducação e Responsabilização. Para cada uma dessas abordagens é realizado um tratamento especifico que vai depender do estágio (nível) que o paciente se encontra.
Para mais informações acessem o vídeo da série Desmistificando a Saúde Mental que fala sobre Dependência Química.