André Gordilho, psiquiatra da Holiste, falou sobre ansiedade e compulsão alimentar durante o isolamento social, no Jornal da Manhã da TV Bahia.
O isolamento social pode causar alterações na rotina e na saúde mental das pessoas. Os efeitos podem ser sentidos através da manifestação de quadros ansiosos, depressivos ou até de uma compulsão alimentar.
André Gordilho explica que a compulsão alimentar pode ter sua causa em um quadro de ansiedade, ainda mais durante uma quarentena: “A ansiedade pode gerar diversos sintomas. Tem aquele ansioso que come demais e o que perde completamente a fome. Quando o indivíduo está numa situação de confinamento fica sem muita opção do que fazer, e essa falta de programação pode levar ao aumento dos ‘assaltos à geladeira’”, destaca o psiquiatra.
Assista à entrevista:
Cuidado com os sinais
Apesar da ansiedade ser um sentimento comum e necessário em nossa vida, é preciso entender quando ela interfere de forma prejudicial em nossa rotina. Nesse período de quarentena, pode-se desenvolver algum grau de ansiedade diante das incertezas, medo e da distância dos familiares e amigos.
O psiquiatra aponta que é comum a inquietação. Mas, para ele, é preciso ter cautela: “A gente precisa ter bom senso. Não é pra entrar em neurose sobre a higiene e o distanciamento das outras pessoas, porque isso pode inclusive aumentar a ansiedade e piorar tudo”, salienta André Gordilho.
O momento pede calma
Embora seja uma situação que envolve sentimentos negativos, também existem aspectos bons que podem ser aproveitados. Gordilho alerta para as possibilidades que a nova fase trouxe, e a necessidade de continuar com hábitos saudáveis de alimentação e exercícios físicos, porque isso ajuda a manter o corpo saudável e a mente ativa.
“O momento pode servir para estreitar os laços familiares, inclusive. E, dentro de casa, você pode procurar fazer alguma atividade física ou leitura, assistir séries, são algumas opções”, finaliza o psiquiatra.